Calendário eleitoral aquece sucessão municipal

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Jornal O Norte
Publicado em 04/06/2016 às 06:00.Atualizado em 15/11/2021 às 16:03.

Com a aproximação das eleições municipais, pré-candidatos intensificam as articulações com vista à disputa aos cargos de prefeito e vereadores em Montes Claros, sexto colégio eleitoral de Minas Gerais. Partidos, pré-candidatos e correligionários políticos costuram alianças tentando fortalecer seus grupos e percorrer com as próprias pernas a corrida que, neste ano, por causa da Reforma Eleitoral, terá prazos mais curtos e regras mais severas.


Além de mudanças nos prazos para as convenções, filiação partidária e no tempo de campanha eleitoral, que foi reduzido, está proibido o financiamento eleitoral por pessoas jurídicas. Na prática, isso significa que as campanhas eleitorais deste ano serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário.


As convenções para a escolha dos candidatos e definição de coligações deverão acontecer de 20 de julho a 5 de agosto, e os partidos devem efetuar o registro dos candidatos nos cartórios até 15 de agosto. O período de propaganda no rádio e na TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, com início em 26 de agosto. As eleições serão realizadas dia 02 de outubro.


POR MARCELO VALMOR

As eleições para prefeito e vereadores em Montes Claros, sexto colégio eleitoral do estado de Minas Gerais, já se movimentam. O PSDB, partido dos ex-secretários municipais de Articulação Política e Administração Regional e Desenvolvimento Social, Farley Soares Menezes e Ana Maria Resende Vieira, respectivamente, abre espaço para acreditar que o grupo do ex-prefeito Jairo Ataíde (DEM) deve caminhar com as próprias pernas nas eleições de outubro.

- Na condição de membro do PSDB de Montes Claros, tenho a responsabilidade de ajudar a organizar a agremiação para as eleições municipais e fortalecer o partido em todo o Norte de Minas, tarefa que requer tempo e dedicação - afirmou Farley Menezes.

Discurso afinado com o da ex-deputada Ana Maria Resende Vieira, que também ressaltou a necessidade de organizar o partido para enfrentar as urnas em outubro, ajudando a compor quadros nas candidaturas para prefeito e vereadores.

- Como presidente do PSDB local, é da minha responsabilidade organizar o partido para as eleições de outubro.

O PSDB não esclareceu se pretende lançar candidatura própria ou se participará de uma coligação ampla com outro candidato, mas como é aliado natural do DEM, partido que tem em Jairo Ataíde Vieira, ex-prefeito por dois mandatos, o nome de mais prestígio, o lançamento de uma candidatura solo, partindo de uma coligação entre as duas agremiações políticas, é visto com naturalidade.

Para o Partido dos Trabalhadores (PT), a solução passaria pelo lançamento do nome do deputado estadual Paulo Guedes, mas a sigla, desgastada com os últimos escândalos envolvendo a cúpula partidária, além do impeachment da presidente Dilma Rousseff em andamento no Senado, dificulta o lançamento de nomes capazes de empolgar o eleitorado.

O PMDB, único partido organizado em todos os 853 municípios mineiros, tem densidade eleitoral, tempo razoável na televisão, mas carece de lideranças mais expressivas que possam vislumbrar chances efetivas de sucesso nas urnas. Atualmente, está coligado com o PSB, do prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz, exercendo a chefia do município através de José Vicente Medeiros (PMDB), como prefeito interino.

O ex-deputado Pedro Narciso foi convidado para compor a equipe do prefeito interino José Vicente, substituindo Farley Menezes na Articulação Política, mas recusou o cargo. Seu filho, Danilo Narciso, é um quadro do partido, e com a recusa, pode estar vendo suas chances minguarem.

Enquanto isso, o presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa (PMDB), tentava costurar uma chapa com o vereador Cláudio Prates (PTB), mas desistiu e está articulando campanha para uma das duas casas legislativas, daqui a dois anos, em 2018.

Mas o grande nome das eleições desse ano é, naturalmente, o prefeito afastado Ruy Muniz. Com prisão domiciliar decretada pelo juiz do TRF1ª, de Brasília, Ney de Barros Bello Filho, Muniz tenta a anulação do processo que o acusa de gestão temerária e de financiar o caos na saúde pública local a partir de recursos públicos convertidos em propagandas veiculadas em canais de televisão. Tem percentuais expressivos de aprovação popular, mas, fora de combate, não tem como sustentar esses números por muito tempo. Luta, portanto, para reverter o quadro, anular a peça acusatória contra ele e assumir a prefeitura.

COLÉGIO ELEITORAL
Montes Claros é o sexto colégio eleitoral do Estado, com aproximadamente 246.711 eleitores, distribuídos em quatro zonas eleitorais, com 158 locais de votação, sendo que a maior delas é a 317ª (72.796 eleitores). O maior local de votação é a Escola Municipal do Caic Antônio Alves dos Santos (6.451 eleitores), em 13 seções, no bairro Renascença, região leste da cidade.

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