A greve dos bancários, iniciada na última terça-feira (6), deve continuar após nova reunião entre a categoria e os bancos terminar sem acordo nesta terça (13). A Fenaban (braço sindical da Febraban, que representa os bancos) manteve a proposta apresentada na sexta-feira (9), em que oferece reajuste salarial de 7% mais abono de R$ 3.300.
Os trabalhadores pedem reajuste de 5% mais a inflação no período, que até agosto foi de 9,62%, além do equivalente a um salário mínimo de benefícios como vale refeição, vale alimentação e auxílio creche. Uma nova rodada de negociações foi marcada para esta quinta-feira (15).
AGENCIAS FECHADAS
Cerca de 12 mil agências aderiram à paralisação, número que representa 51% de todas as agências do Brasil, segundo a Contraf-CUT (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro). A mobilização cresceu 4% na comparação com segunda-feira (12), diz a entidade.
- Vamos reforçar a nossa mobilização em todo o país e esperamos que os bancos apresentem uma proposta que contemple nossa pauta na próxima reunião - diz, em nota, Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Em 2015, os bancários pararam por 21 dias e conseguiram um reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%.Os bancários pedem reajuste de 5% mais a inflação de 9,62%, benefícios (R$ 880) em vales-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche e piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese). Por seu lado, os bancos oferecem reajuste de 7% sobre salário e benefícios, abono de R$ 3.300 e piso de R$ 2.856,31.