AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE SEGURANÇA NA ZONA RURAL

Jornal O Norte
Publicado em 25/06/2010 às 08:48.Atualizado em 15/11/2021 às 06:31.

Samuel Nunes


Repórter 



Diversas lideranças rurais participaram na manhã de ontem, quinta-feira, de audiência pública proposta pelo vereador Marcos Nem (PR). O assunto em pauta foi a segurança pública na Zona Rural. Participaram autoridades policiais, mas o secretário municipal de Defesa Social não compareceu. A ausência do secretário foi duramente criticada pelo vereador proponente, que considera a atitude um descaso com assunto considerado dos mais importantes.



O vereador Marcos Nem cobrou ampliação do posto policial da comunidade de Nova Esperança, que tem em torno de 15 mil moradores.



Carlindo Gonçalves de Freitas, liderança da comunidade rural de Campos Elízios, considera importante a realização da audiência, pois tem sido considerável o número de assaltos, roubos de gado e arrombamentos na Zona Rural. Carlindo discorda da polícia, que afirma não haver viabilidade de se implantar posto policial nos distritos. Segundo ele, diante da ausência da patrulha, todos os trabalhadores e sitiantes sentem-se totalmente desprotegidos.



- É bom dizer que os assaltos na Zona Rural acontecem geralmente à noite e a patrulha rural não realiza nenhum trabalho neste horário. Os roubos não acontecem durante o dia, é bom chamar a atenção para este detalhe - diz.



Opinião semelhante tem o presidente da associação de Poço Novo, Adão Martins, popularmente conhecido como Júlio de Poço Novo. De acordo com ele, a situação é péssima, pois a polícia fica até uma semana sem comparecer à Zona Rural, o que é preocupante e traz um sentimento de insegurança para as famílias.



- Recentemente, para ser mais exato, na última terça-feira, teve até assalto à mão armada de um caminhão de uma marca de refrigerante próximo a nossa comunidade - conta.



O líder rural afirma ainda que, em outro assalto, uma família ficou refém dos bandidos praticamente uma noite inteira, sendo libertada somente às 5h da manhã.



- Há outro problema. A polícia não faz a patrulha rural, recolhe as armas do homem do campo e ficamos à mercê dos bandidos. É preciso melhorar a segurança na zona rural, e em muito. Os roubos acontecem entre 22h e 2h da madrugada, então tem que fazer a nossa segurança neste horário - afirma.



O ex-presidente da associação de São Geraldo II, Laurenço Soares Pinto, também cobra a implantação de um posto fixo da polícia militar na comunidade.



O presidente da câmara municipal Athos Mameluque (PMDB) afirma que diante da falta de condições alegada por representantes da PM presentes na audiência pública fará um projeto autorizativo na câmara municipal para que sejam destinado 20 guardas municipais com motocicletas para que trabalhem na segurança pública na zona rural. Já o vereador Claudim da prefeitura (PPS) diz que cobrará do município a abertura de edital para realização de concurso público para a guarda municipal para que estes passem por devidos cursos de capacitação para exercer esta função especificamente na zona rural.      


 

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