Audiência pública discute medicamentos: Rosemberg Medeiros quer suspeita de falsificação de remédios apurada

Jornal O Norte
Publicado em 17/10/2007 às 16:58.Atualizado em 15/11/2021 às 08:20.

Suspeita é de que remédios


distribuídos e vendidos


na cidade não apresentam eficácia



Eduardo Brasil


Repórter


www.onorte.net/eduardobrasil



A câmara municipal realiza nesta quinta-feira, às 19h30, audiência pública para debater a questão da distribuição e venda de medicamentos pelas redes pública e privada em Montes Claros. A proposição é do vereador Rosemberg Medeiros – DEM e as discussões deverão reunir representantes de vários segmentos, como membros do Conselho Regional de Farmácia, do Conselho Regional de Medicina, da prefeitura e de policiais civis e federais.



O parlamentar frisa que a questão merece a atenção de autoridades que realmente têm o poder de apurar as suspeitas de que alguns medicamentos não apresentariam a eficácia que deveriam, ameaçando a vida de milhares de pessoas.



- Precisamos ter certeza da eficácia do remédio que é distribuído ao povo ou comprado nas farmácias, seja ele genérico, de marca, manipulado ou similar – informa.



SUSPEITA ANTIGA



Rosemberg Medeiros lembra que desde o início de seu mandato vem recebendo denúncias de que remédios falsificados poderiam estar sendo consumidos pela população, alertando para medidas como providenciar um exame laboratorial para apurar sua eficácia.



Nesse sentido, salienta, teria apresentado logo no início da atual legislatura requerimento endereçado ao executivo municipal e aprovado por todo o plenário do legislativo, solicitando estudos para averiguar se as suspeitas de falsificação procederiam.



- Pedi que o prefeito escolhesse aleatoriamente alguns remédios de lotes adquiridos pelo município para, em seguida, enviá-los para exames laboratoriais no Instituto Adolfo Lutz. Mas isso não foi feito, infelizmente, e o povo continua sem saber o que toma. Se é remédio mesmo, ou não.



CIDADE DE DOENTES



Rosemberg Medeiros espera que os proprietários de farmácias também façam o mesmo, submetendo alguns medicamentos a exames laboratoriais. Ele argumenta que a medida é necessária, até porque a suspeita de remédios falsificados caracterizaria um atentado à saúde pública.



- O fato é que parte da população tem reclamado da eficácia dos medicamentos que toma, já que eles não estariam resolvendo seus problemas de saúde - acrescenta o vereador, que chega a comparar Montes Claros a uma cidade de doentes, face ao acúmulo de pessoas, de todas as idades, em postos de saúde, hospitais e farmácias em busca de medicamentos.



- A impressão é de que por mais remédio que elas tomem, mais a doença que pretendem combater aumenta. Isso nos leva a perguntar: será que esses remédios são verdadeiros? – indaga.



INOCENTES



Rosemberg Medeiros afirma que a sua proposta de discutir o assunto não significa que esteja confirmando ações criminosas, acusando falcatruas no setor público e privado de medicamentos da cidade. Mas, ele insiste na tese de que tudo é possível, até porque a falsificação de remédios não tem sido um fato raro no estado e no país.



- Falsificações existem, sabemos disso. É claro que todos são inocentes até prova em contrário. Não estamos acusando ninguém de atentar contra a saúde do povo, seria leviano de nossa parte. Promoveremos um debate para dar mais tranqüilidade ao povo. É preciso, sim, que as suspeitas levantadas pelo povo sejam investigadas. Afinal, se o cidadão ingere medicamentos falsos, ele pode chegar ao óbito. Antes que isso ocorra, é preciso agir – encerra o vereador.

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