Samuel Nunes


Repórter

Aconteceu na noite da última quinta- feira, 15, audiência pública na câmara municipal proposta pelo presidente da comissão de saúde vereador João de Deus (PPS), que objetivou discutir a greve dos servidores do hospital universitário, que paralisaram as atividades há exatos 23 dias.

O vereador acredita que a realização da audiência pública foi extremamente positiva, a oportunidade que faltava para os servidores externarem à população os motivos pelos quais decretaram a greve.

De acordo com João de Deus, a greve é justa e legítima e, diante do caos na saúde pública, é relevante que o governo do estado atenda as reivindicações dos servidores. O vereador disse ainda que a greve tem trazido prejuízos para a população e lembrou a falta de leitos e os baixos salários.

- Esperamos que os nossos deputados, sempre atentos às necessidades da população, possam interceder junto ao governo do estado no sentido de levar as reivindicações da categoria – disse, acrescentando que será enviada uma carta de reivindicações dos servidores do hospital universitário ao governo do estado.

A diretora do hospital, Joelina da Conceição, reconhece que os salários pagos aos servidores são, de certa forma, irrisórios diante do que merecem e têm direito os funcionários, embora a diretoria e o reitor da Unimontes, professor Paulo Cesar Gonçalves de Almeida, dentro das possibilidades, venham tentando melhorar as condições de trabalho dos servidores.

Joelina disse ainda que aconteceria sexta-feira, em Belo Horizonte, reunião para tratar da greve com os deputados da bancada do Norte e a secretária de estado Renata Vilhena.

Segundo o diretor do núcleo de saúde do hospital universitário, caso não se chegue a um acordo com o governo do estado, a greve se estenderá até o mês de julho, data limite permitida pela legislação.

O salário mínimo foi para R$ 510 e o salário dos servidores do hospital universitário continua em R$ 349 para auxiliares e R$ 474 para técnicos. Os técnicos, de enfermagem, de raio-X, de laboratório e de farmácia, estão recebendo R$ 474,00 para executar o trabalho.

Até o final desta edição, não chegou nenhuma informação sobre o resultado da reunião realizada sexta-feira, em Belo Horizonte, entre representantes do movimento grevista, deputados estaduais da cidade e o governo do estado. 

Algumas reivindicações dos servidores do HU:

- Equiparação salarial com os funcionários da Fhemig - Fundação hospitalar do estado de Minas Gerais, que recebem 40% a mais que os servidores da Unimontes.

- Adicional de urgência e emergência e horas extras aos finais de semana e feriados.

- Insalubridade, auxílio periculosidade e plano de carreira similares aos da fundação.