Samuel Nunes


Repórter

O ex-prefeito Athos Avelino concedeu coletiva à imprensa na manhã de ontem, 29, e falou sobre a inclusão da prefeitura como inadimplente no Siafi - Sistema integrado de administração financeira, por causa da não aplicação do percentual mínimo de 25% das receitas do município na educação no exercício de 2008, segundo parecer emitido pelo ministério da Educação. Athos disse que sofreu, na época da sua gestão, não apenas bloqueio mas, também, sequestros de recursos federais.

- Tivemos que nos virar e buscar soluções, não ficar pedindo ajuda de deputados - diz.

Avelino revela que entrou na justiça federal e obteve uma liminar que proíbe o bloqueio de recursos federais para atividades consideradas essenciais para o bem estar da população como, por exemplo, saúde, educação, saneamento básico, urbanização e ação social.

CÓPIA

O ex-prefeito frisa que a referida liminar foi concedida pela justiça federal ao município em 20 de abril de 2007 e está valendo. Athos Avelino aproveitou a oportunidade e distribuiu cópia da mesma à imprensa.

- Para contribuir com a atual administração, posso passar a eles a referida cópia e, se eles quiserem, hoje mesmo podem desbloquear qualquer recurso do governo federal – declarou.

Athos Avelino afirma ainda que o tribunal de contas do estado de Minas Gerais lhe confere que, em todos os anos da sua gestão, foi aplicado mais de 25% na educação e especificamente em 2008 25,20% do orçamento municipal na educação.

Sobre a CLI - Comissão parlamentar de inquérito instalada na câmara municipal para apurar denúncias de quando era prefeito, Athos Avelino afirma que é absolutamente política, mal feita e inconstitucional. Afirma que para ter uma CLI, é preciso que se tenha um fato determinante, e o prazo de funcionamento, de acordo com ele, já foi vencido, uma vez que se passaram 60 dias.

- Não tenho receio e estou tranquilo diante das acusações e estou à altura para respondê-las - finaliza.