O Norte de Minas apresentou uma queda de 36.106 habitantes nos últimos sete anos, conforme dados comparativos dos censos de 2000 e 2007, copilados pela Amams - Associação dos municípios da área mineira da Sudene, depois de receber o relatório do IBGE - Instituto brasileiro de geografia e estatísticas.
Ocorreu queda de população em 55 municípios e crescimento em outros 32. A expectativa é para o resultado de Montes Claros, que será recenseada isoladamente, por ser município de grande porte.
O presidente da Amams, Valmir Morais anunciou que a entidade estimulará os prefeitos a recorrerem contra o resultado, pois os dados são controversos. No seu município, Patis, onde é prefeito, a queda foi de 110 habitantes.
- Os 55 municípios com queda perderam ao todo 55.503 habitantes, enquanto os 32 municípios que tiveram aumento chegaram a 19.397 habitantes, dando a média regional de queda de 36.106 pessoas – informou.
PERDAS E GANHOS
Os dados do Recenseamento 2007, divulgados pelo IBGE, mostram que a maior queda de população ocorreu nos municípios de Jaiba, com 5.973 habitantes a menos; Janaúba, com 5.613 habitantes, São Francisco, com 4.149 habitantes, Manga, com 3.263 e Pirapora, com 2.844 moradores.
Os maiores crescimentos foram registrados em Matias Cardoso, com 3.461 habitantes; Itacambira com 2.013 habitantes; Francisco Sá, com 1.866; Pedras de Maria da Cruz, com 1.047 e Icaraí de Minas, com 1.043 habitantes. Rubelita manteve a maior proporcionalidade de queda, pois tinha 10.342 habitantes e perdeu 2.068, ficando com 8.274 habitantes, com queda de 20% da população, conforme os dados do IBGE.
RECURSO
O prefeito Marcelo Brant, de Glaucilândia, anunciou que entrará com recurso no IBGE contra os dados, pois o PSF - Programa Saúde da Família atende no município 3.402 habitantes, enquanto pelo novo dado do IBGE, teria 2.477 habitantes, numa diferença de quase 900 pessoas.
- Estive no escritório do IBGE em Montes Claros e fui orientado a apresentar requerimento nesse sentido – disse Marcelo Brant.
O presidente da Amams, Valmir Morais salienta que em seu município, o recenseamento ocorreu apenas na área agropecuária e por isto está irregular.
- Todos os repasses de recursos, da saúde, educação e outros, são feitos com base nos dados do Censo e, por isso, os prefeitos precisam recorrer, sob risco de sofrerem a queda de recursos pelos próximos 10 anos.
Ele pretende convocar os prefeitos ainda nesta semana para discutirem as alternativas a serem adotadas. (A. I. AMAMS)