Uma audiência pública na Assembléia Legislativa vai discutir a situação dos 96 municípios do Norte e Nordeste de Minas afetados pela seca. O requerimento da reunião foi aprovado pela Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembléia. Na mesma audiência será debatida também a possibilidade de implementação do programa Bolsa-seca, do Governo Federal, para socorrer a população das regiões atingidas.A assessoria de imprensa da ALMG ainda não informou a data da audiência.
E esta semana uma comitiva norte-mineira, com a presença de deputados federal, estadual e prefeitos da região, esteve reunida com o presidente Luis Inácio Lula da Silva solicitando medidas urgentes para sanar os prejuízos da maior seca dos últimos 30 anos.
A previsão é que os ministérios da Integração Nacional, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura e dos bancos do Nordeste e do Brasil interfiram na situação.
REIVINDICAÇÕES
As providências reivindicadas junto à presidência da República incluem a suspensão do pagamento de dívidas pelos produtores rurais e o aumento do prazo de amortização; a abertura de lindas de crédito para aquisição e rações, deslocamento do rebanho, aluguel de pastagens e custeio; decretação do estado de calamidade federal nos municípios; distribuição de bolsas-seca ou bolsas-estiagem
NÚMEROS DA SECA
150 mil cabeças de gado já morreram no Norte de Minas por causa da estiagem. Os dados foram elaborados pela associação dos municípios da área mineira da Sudene – Amams. A região está sem chuva há nove meses e refletiu diretamente também na produção de leite, que teve uma queda de 660 mil litros/dia para 200 mil litros.
Em algumas comunidades rurais o abastecimento de água para o consumo humano está sendo feito por caminhões-pipa do 55º Batalhão do exército e Copasa. Pelo menos 1400 rios e córregos praticamente desapareceram, pois estão secos ou cortados.