Eduardo Brasil
Repórter*
O governador Aécio Neves - PSDB acredita que possa haver uma reviravolta na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. O candidato apoiado por Aécio, Márcio Lacerda - PSB, está atrás nas pesquisas de intenção de voto e vem enfrentando uma forte ascensão de Leonardo Quintão - PMDB.
Segundo o levantamento do Ibope realizado nos dias 13 e 14 de outubro, Lacerda conta com 33% da preferência do eleitorado, contra 51% de Quintão. A pesquisa aponta que o candidato socialista pode ter votação inferior à que conquistou no primeiro turno.
- Eu ainda acredito na possibilidade de vitória do candidato Márcio Lacerda. Mas, de alguma forma, já somos vítimas de um sucesso inicial que tivemos até acima das nossas expectativas - afirmou Aécio.
Durante o primeiro turno, Lacerda apresentou crescimento constante e fechou na liderança com mais de 43% dos votos válidos, contra 41% de Quintão.
SEGUNDO TURNO
Para Aécio Neves, a disputa estaria indefinida.
- Devemos ter um pouco de cautela nessas primeiras pesquisas após o primeiro turno. Há uma onda crescente em relação ao candidato Quintão. Hoje, talvez essa onda já não seja tão crescente assim - comentou.
A queda de Lacerda nas pesquisas também serviu para Aécio mostrar que o seu apoio e o do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel - PT, não significaria uma vitória garantida do socialista.
- Acho que esta eleição deu uma demonstração muito clara de que não há o toque de Midas. As pessoas votam em quem querem. Esta eleição está servindo para desmistificar um pouco esta tese.
Aécio também refutou a tese de que os eleitores petistas e tucanos rejeitem a candidatura de Lacerda por causa do apoio dos partidos que se opõem na esfera federal. O PT faz parte da coligação encabeçada por Lacerda, enquanto o PSDB adotou a postura de dar um apoio informal.
- Se não houver a vitória do nosso candidato, continuarei defendendo uma convergência maior da política nacional. O curioso é que o candidato que eu apoiei teve 43% dos votos no primeiro turno e o que teve 41% diz que me apóia. É uma coisa que só a política mineira explica – encerra o governador.