Eduardo Brasil
Repórter
Apenas a agência da CEF - Caixa econômica federal, em Montes Claros, estaria atenta ao cumprimento da determinação do ministério público federal para ajustar suas instalações às pessoas portadoras de necessidades especiais, de acordo com a Lei de Acessibilidade. As adaptações, porém, na sua totalidade, não serão concluídas neste ano, segundo a gerência da instituição.
(fotos: XU MEDEIROS)
Adaptações já estão sendo feitas na agência
da CEF da Rua Dr. Santos
A informação é do vereador Valcir Soares – PTB, presidente da Ademoc – Associação das pessoas portadoras de deficiência física de Montes Claros, que nesta semana teria visitado as agências da CEF, dos bancos Brasil e Nordeste, para verificar como elas estariam procedendo com as adequações.
Segundo ele, apesar de na CEF a determinação do ministério público federal estar sendo observada, haveria por outro lado, a princípio, despreparo dos comerciários em relação ao atendimento especial. O próprio vereador teria verificado alguns funcionários desinformados até mesmo sobre a instalação de recursos que serão disponibilizados nos caixas, como fones de ouvido para portadores de deficiência auditiva.
BRAILE
Entre as determinações do ministério público federal está também a que obriga os bancos oficiais a fornecerem guias de serviços impressos em braile, para cegos, material que o vereador e presidente da Ademoc não teria identificado nas agencias que visitou.
- Depois, é preciso que as pessoas aprendam a leitura em braile, caso contrário o serviço nos bancos não adiantará.
Apesar do prazo dado pelo MPF, apenas a agência da CEF
estaria atenta às adaptações exigidas por lei
O parlamentar informa que as pessoas interessadas em aprender braile podem se dirigir ao CAP – Centro pedagógico de apoio ao deficiente visual, onde são ministradas aulas gratuitamente (informações pelo telefone 3690-5405).
Ainda no CAP, segundo Valcir Soares, são impressos em braile cardápios que são distribuídos gratuitamente aos bares e restaurantes da cidade.
- Tomamos a iniciativa de imprimir os cardápios para ajudar na aplicação de lei municipal, de minha autoria, que exige dos restaurantes e bares cardápios em braile. Infelizmente poucos estabelecimentos se interessaram no material, ainda que o forneçamos gratuitamente – lamenta o vereador.
Para Valcir Soares, além dos guias impressos, para cego, e fones de ouvidos, para surdos, os bancos estatais devem, ainda, disponibilizar interpretes de Libras para as pessoas mudas.
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