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Sexta-Feira,12 de Setembro

Ações contra a seca serão discutidas em Moc

Jornal O Norte
Publicado em 15/07/2008 às 09:34.Atualizado em 15/11/2021 às 07:38.

Da Ascom/Amams



Os impactos da seca no ano de 2008 no Norte de Minas, além das medidas preventivas a serem adotadas para assegurar o abastecimento humano, serão discutidos nesta terça-feira, em Montes Claros, em reunião da coordenadoria estadual de Defesa Civil de Minas Gerais, a partir das 9 horas no auditório do colégio Tiradentes, sob coordenação do tenente-coronel Alexandre Lucas Alves, secretário-executivo da Defesa Civil de Minas Gerais. O presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), José Barbosa Filho Zinga, prefeito de Catuti, salienta que a adoção de medidas com tanta antecedência é de fundamental importância, pois dá tranqüilidade aos flagelados da seca de que estão recebendo a ação do Governo no momento em que enfrenta um dos mais tristes problemas da vida, causado pela seca. No ano de 2007, o Norte de Minas enfrentou a maior seca dos últimos 30 anos.



A Amams é parceira deste evento, que tem proposta de reunir os 86 prefeitos do Norte de Minas. Na segunda-feira, a reunião foi realizada em Teófilo Otoni e Diamantina, com os prefeitos dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha. A reunião está sendo coordenada pelo Comitê Gestor de Convivência com a Seca, sendo discutida a liberação de recursos para os projetos de sistema simplificado de abastecimento de água; distribuição de novos lotes de cisternas de lona; continuidade da distribuição das cestas básicas e dos caminhões-pipas, além da regularização dos processos de Situação de Emergência. O secretário da Cedec-MG alerta que sem a documentação regularizada, os municípios ficam impedidos de receber os benefícios assegurados pelo Governo.



O presidente da Amams, José Barbosa Filho Zinga explica que a reação da Defesa Civil de Minas Gerais com tanta antecedência demonstra o resultado satisfatório da criação do Comitê Gestor de Convivência com a Seca, criada pelo governador Aécio Neves no ano passado, que tem coordenado todas atividades, centralizando as ações e evitando a superposição, além de evitado superposição de ações, com algumas comunidades recebendo mais benefícios, em detrimento de outras. “Neste momento, o que mais preocupa os prefeitos é o abastecimento de água para as comunidades rurais onde este serviço está comprometido. O Estado mantém seu programa em plena operação, executada de comum acordo com a Copasa, enquanto o governo federal, através do exército, prossegue com a Operação Pipa. Além disto, são distribuídas as cestas básicas aos flagelados. É importante a adoção destas medidas” – explica o presidente.



Ele lamenta que o governo ainda se mostre insensível com o refinanciamento das dívidas rurais no Norte de Minas, pois o homem do campo, castigado pela seca, ficou impedido de pagar seu financiamento e teve seu nome colocado no cadastro negativo, ficando sem poder fazer novos financiamentos e por conseqüência, de também plantar novas áreas. “Apostamos nossas expectativas na Medida Provisória 432, criada pelo governo federal, mas a realidade é que deixa a desejar mais uma vez e cria um circulo vicioso, de empurrar o homem do campo para programas sociais assistencialistas e sempre de pires nas mãos” – lamenta o presidente José Barbosa Filho Zinga, que aponta o Projeto de Cotonicultura com Tecnologia, desenvolvida na microrregião da Serra Geral de Minas, como uma excelente opção para o Norte de Minas conviver com a seca, pois com baixos índices pluviométricos, foi possível chegar a uma média de 200 arrobas por hectare de algodão de qualidade.

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