Eduardo Brasil
Repórter
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Defensor da construção de pelo menos seis mil casas populares em Montes Claros, beneficiando, sobretudo, as famílias de baixo poder aquisitivo, o vereador Ruy Muniz - PFL viaja para Belo Horizonte nesta quarta-feira buscando concretizar esse objetivo. O parlamentar será recebido em audiência pelo superintendente da CEF - Caixa econômica federal em Minas Gerais, Robledo Pinto Coimbra, quando reivindicará a inclusão de associações de moradores de bairros na indicação de beneficiários do programa de financiamento da casa própria - através de convênio já firmado entre a instituição financeira e a prefeitura municipal.
Ruy Muniz defende a construção de seis mil moradias
populares no município (foto: Wilson Medeiros)
- Ocorre que o convênio prevê que o financiamento seja consolidado através da prefeitura. Portanto, fica limitada ao poder público municipal a seleção dos futuros inquilinos. Vamos tentar sensibilizar o superintendente da Caixa para que as associações comunitárias também participem desse processo.
MAIS QUATRO MIL CASAS
O vereador reitera que a gestão é importante para que o município aproveite a oportunidade e zere o seu déficit habitacional, evitando que grande parte da população mais carente continue morando em locais improvisados e em áreas de risco. Lembra que o convênio entre a Caixa e a prefeitura prevê a construção de apenas duas mil moradias em Montes Claros, enquanto a necessidade do setor habitacional é de, no mínimo, seis mil unidades.
- É a oportunidade de acabarmos com o sofrimento de milhares de pessoas que ainda vivem em condições até subumanas em várias regiões da cidade.
Ruy Muniz também fez um apelo aos colegas de plenário no sentido de que somem efetivamente nessa iniciativa para que a exceção seja conferida às associações comunitárias, que, segundo ele, podem com muita autoridade sinalizar a demanda pela casa própria, apontando as famílias que mais necessitem do benefício.
FUNDO PERDIDO
O vereador está convencido de que a CEF receberá a demanda com a especial atenção que ela exige, já que se trata de um apelo voltado para a melhoria da qualidade de vida do povo mais carente, sem que haja neste processo qualquer política paternalista.
- Não se trata de doação de moradias populares. O convênio permite que as famílias tenham acesso a financiamento de R$ 9.093, que é o preço da casa. Desse total, elas pagarão apenas R$ 2.093, sendo que o restante, R$ 7 mil é a fundo perdido. Montes Claros não pode perder essa oportunidade, considerando que, na soma final, serão R$ 14 milhões a fundo perdido.
O vereador finaliza observando que as famílias a serem beneficiadas com a eventual prerrogativa dada pela CEF, às associações, de indicá-las para o financiamento, seriam cadastradas para a seleção (junto a estas entidades) atendendo a alguns requisitos, como, por exemplo, possuírem lotes em bairros que já contem com infra-estrutura.