(MANOEL FREITAS)
Dia morno, ontem, na Câmara Municipal de Montes Claros. Não houve votação de projetos, apenas de requerimentos apresentados por alguns parlamentares. Num deles, o vereador Valcir Soares (PTB) reclamou da ausência de acessibilidade na Praça do bairro Maracanã.
No documento (02/2020), o parlamentar pede a instalação do chamado piso tátil, que possibilita independência de locomoção ao deficiente visual e a pintura e instalação de guias (sinalização) para cadeirantes.
“Exatamente de frente à praça está localizada a Associação dos Deficientes (Ademoc). É um lugar bonito, foi feita uma reforma, mas como sempre acontece nessa administração, as poucas obras ficam pela metade. É preciso proporcionar acessibilidade. O requerimento é para isso”, disse o vereador, que aponta para a necessidade de uma sociedade inclusiva.
“O prefeito não pode negar. Não cabe a ele escolher. É um lugar público e ele tem que cumprir a lei. Já existe uma Lei Federal que garante o direito de ir e vir da categoria”, acrescentou.
Na gestão passada o piso tátil foi colocado em ruas centrais da cidade, como a Dr. Santos e a Camilo Prates.
Para Argemiro Domingos, deficiente visual há mais de 25 anos, que clama por uma cidade acessível, falta sensibilidade por parte das autoridades.
“Obras novas têm que ter o piso. Sou morador da Vila Telma e quando vou a Ademoc tenho dificuldade. A praça não tem adaptação nenhuma. O modelo ideal é a Praça Coronel Ribeiro. Não é uma coisa cara para a prefeitura. Falta interesse público. Valcir quer fazer, mas os outros não querem”, lamentou Argemiro.
O requerimento foi aprovado por cinco votos. Outros vereadores se abstiveram de votar e a vereadora Maria Helena Lopes (PPL) votou contra a proposta.
PROGRAMAÇÃO
Na próxima quinta-feira (20), às 7h45, a Câmara Municipal promove Audiência Pública a partir de requerimento do vereador Daniel Dias (PCdoB), para discutir o Transporte Coletivo Urbano.
“As reclamações sobre o serviço são muitas. Ônibus cheios, atraso nas linhas e a retirada dos cobradores, que está causando tumulto. A sociedade como parte mais interessada tem que participar. É preciso debater os problemas e apontar soluções”, disse Daniel.
O prefeito Humberto Souto, o representante da MCTrans e o Ministério Público foram convidados a participar.