Sucessão de Lula não abalará PPS e PT em Moc: porta-voz defende fidelidade partidária nas eleições de outubro

Jornal O Norte
04/04/2006 às 11:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:32

Eduardo Brasil


Repórter


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A disputa eleitoral para a sucessão presidencial em outubro deste ano não deverá trazer complicações políticas ao governo municipal, ainda que suas principais bases de apoio, o PPS e o PT, tenham candidatos próprios para o palácio do Planalto: o deputado Roberto Freire, que já tentou o cargo, e Luiz Inácio Lula da Silva, que buscará a reeleição.

Cori Ribeiro diz que sucessão presidencial não trará problemas políticos para o PPS e para o PT na administração municipal (foto: Samarone Xavier)

A opinião é do porta-voz e correligionário do prefeito Athos Avelino - PPS, Cori Ribeiro, que anunciou da tribuna da câmara o compromisso fiel do partido, em Montes Claros, de apoiar o nome de Roberto Freire nas eleições de outubro. Segundo ele, a candidatura do deputado federal não seria uma surpresa para os membros do governo municipal pelo fato de que ela já estava colocada desde que Athos Avelino assumiu a prefeitura, em janeiro do ano passado.

- Não é uma posição nova. A candidatura do PPS para a sucessão presidencial já estava colocada de forma bem antecipada entre as forças políticas que cercariam a administração municipal. Portanto, não acredito que a questão de correntes partidárias, de posicionamentos políticos face à sucessão presidencial trará qualquer divergência, rupturas internas à administração municipal.

Ainda de acordo com Cori Ribeiro, a sua expectativa é de que a convergência das forças políticas que dão sustentação à administração municipal não se perderá durante o longo processo eleitoral. Para ele, tanto o PPS, quanto o PT e, consequentemente, os demais partidos de apóio à gestão de Athos Avelino estão amadurecidos para que a harmonia em Montes Claros seja mantida, independentemente do resultado do pleito.

- Até porque a administração experimenta também uma harmonia positiva com os governos estadual e federal, ainda que o PPS, no congresso nacional, tenha deixado de apoiar o governo Lula há dois anos.

Em compensação, acrescenta Cori, em Minas Gerais o partido, mesmo que Athos Avelino não tenha contado com o apoio do governo estadual nas eleições de 2004, comungaria com a administração tucana – compondo até o secretariado de Aécio Neves.

- Essa posição, inclusive, faz com que o PPS deixe de concorrer ao governo do estado neste ano. A nossa meta, porém, é aumentar o número de nossos deputados que hoje somam cinco na assembléia legislativa.

LIBERDADE

Para Cori Ribeiro, o prefeito Athos Avelino agirá durante o processo eleitoral que se estenderá até outubro respeitando a fidelidade partidária, liberando os seus auxiliares para uma atuação livre durante a campanha.

- O prefeito não deverá forçar nenhum de seus auxiliares, qualquer servidor, a tomar posições que contrariem seus princípios políticos, a sua fidelidade partidária, sobretudo. A prefeitura, aliás, passará à margem do processo, tal como determinam as leis.

Sobre a sua pré-candidatura à assembléia legislativa, Cori Ribeiro garante que ela está mantida e que faltariam apenas alguns acertos finais para que seja definitivamente colocada dentro do PPS.

- Estamos concluindo algumas conversações. Tenho recebido fortes apelos do partido, tanto através de sua executiva municipal, em Montes Claros como da estadual, em Belo Horizonte, somados aos apelos dos nossos eleitores, para lançar o nosso nome de vez na disputa.

Segundo o porta-voz, esses apelos estariam sendo importantes para que ele venha a consolidar sua candidatura.

- São apoios que podem nos levar à vitória nas urnas de outubro - conclui o vereador.

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