Alexandre Pires Ramos, presidente da Fundetec concorda com o vereador Ruy Muniz de que o Automóvel Clube de Montes Claros mereça um reconhecimento que lhe permita estender suas atividades, a partir da ampliação do seu espaço físico, mas não vê condições legais de a entidade receber adaptações para comportar o Centro de Convenções do Norte de Minas.
Alexandre Ramos argumenta que legalmente a proposta do vereador não pode ser acatada, apesar de louvável
(foto: Wilson Medeiros)
Segundo ele, a verba federal, viabilizada através de convênio assinado pelo ministério do Turismo e pela Fundetec, a ser liberada pela Caixa econômica federal é específica para o empreendimento localizado no Distrito Industrial, e sua transferência é vetada pelo governo. Outro obstáculo seria a transferência dos recursos do ministério do Turismo para uma empresa privada.
- Mas penso que podemos contribuir com o Automóvel Clube de outra forma, nos mobilizando para promovermos sua ampliação como um clube social de grande e inegável importância na nossa história.
Alexandre Ramos acrescenta que entende a preocupação de Ruy Muniz em relação ao futuro do projeto, mas revela estar tranqüilo quanto à continuidade das obras. Observa que o governo tratará de liberar os recursos assim que a Caixa autorizar complementações com base nas suas medições do que for sendo erguido.
- Além disso, o ministro Walfrido dos Mares Guia (Turismo) está empenhado em conseguir junto ao orçamento da União, a ser votado nos próximos dias, recursos complementares de R$ 5 milhões para aplicação ainda neste exercício, antes do período eleitoral, que proíbe a liberação de verbas para obras públicas.
PARQUE TECNOLÓGICO
O presidente da Fundetec lembra que a construção do galpão, que terá início no próximo mês de junho, com previsão de ficar pronto no ano que vem, podendo ser, inclusive, palco para a edição da Fenics 2007, será fundamental para que se consolide outro grande empreendimento naquela região da cidade, que é a instalação do Parque Tecnológico, que ocupará uma área de 315 mil metros quadrados e consumirá recursos federais de R$ 70 milhões, abrigando 220 empresas (com destaque para o setor de agronegócios) e gerando oito mil empregos diretos.
Ele ressalta que o parque, além de gerar emprego e renda, será valioso para o processo de inclusão social dos menos favorecidos, perfil de grande parte dos moradores do bairro Distrito Industrial, atuando como um espaço de multiuso.
- A idéia é oferecer também àquela população novas oportunidades através de cursos profissionalizantes, encaminhando-os para o mercado de trabalho. É um processo importante para a promoção humana da população que reside naquela região, escolhida também por conta deste aspecto social.
O projeto do Parque Tecnológico, segundo o presidente da Fundetec, que vem sendo buscando há anos, só deverá estar concluído dentro de uma década.
- Na medida em que as obras forem sendo concluídas, estaremos promovendo o uso do espaço físico, e assim será até concluirmos o empreendimento - finaliza Alexandre Pires Ramos.