Presidente da Amams quer união dos municípios para fortalecer a região

Márcia Vieira
O NORTE
28/01/2021 às 01:19.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:02
 (LUIZ MONTES/ASSESSORIA AMAMS)

(LUIZ MONTES/ASSESSORIA AMAMS)

O prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, o Nilsinho, foi eleito para presidir a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), biênio 2021-2023. Nilson é o 20º presidente da associação e foi escolhido por aclamação e empossado neste mês. Ele assume a entidade com muitos desafios. O presidente conversou com a reportagem de O NORTE sobre os planos à frente da entidade.
 
Quais são os planos à frente da Amams?
O meu primeiro plano é unificar politicamente o Norte de Minas. Queremos reunir as forças vivas da política do Norte de Minas. Os prefeitos, vereadores e deputados. Isso passa por unificar todas entidades municipalistas, em torno do projeto de fortalecimento das causas municipalistas.
 
Qual o segredo para ser eleito tantas vezes prefeito de Padre Carvalho?
O segredo é muito trabalho. Sempre estou atento às necessidades do nosso povo. Quando assumi o primeiro mandato, em 2005, Padre Carvalho era totalmente desprovido de infraestrutura. Tive que construir tudo do zero. Sou um gestor que promete e faz. Talvez este seja o maior segredo da aprovação do meu trabalho perante os meus eleitores.
 
Quais são os grandes desafios na Amams?
Assumi e, de imediato, criei a Superintendência de Desenvolvimento Econômico em parceria com o governo de Minas aqui dentro da Amams. Queremos gerar, em dois anos, 50 mil empregos nos municípios do Norte de Minas. Apresentamos o projeto ao governador Romeu Zema e ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio. Em março, o governador vem dar posse à diretoria eleita da Amams e lançamos o projeto. Não é só meu. É de todos nós, independentemente da ideologia política e partidária. Será o meu grande legado na Amams.
 
Em tempos de pandemia é mais complexo administrar o órgão?
É claro que surge um ciclo negativo. Nos primeiros meses ocorreu o fechamento de empresas. O dinheiro não circula e, como consequência, derruba a arrecadação do Imposto de Renda e de Produtos, que formam o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Como as prefeituras pagam a Amams com base no FPM, cai a arrecadação da associação. Mas é aí que aparece o grande gestor, que, mesmo com a crise, continua com a máquina em pleno funcionamento.

Como a Amams pretende trabalhar a questão da Covid com os municípios?
Desde que a pandemia surgiu, a Amams tem dado o suporte aos municípios, sem desrespeitar a autonomia administrativa e de comando de cada prefeito. Nossos departamentos técnicos têm atuado de forma valiosa nessa área. Levantamos bandeiras aqui que viraram pauta nacional, como na Assistência Social. Trouxemos o Ministério da Saúde para discutir os danos causados pela Covid.
 
Quantos municípios são associados da Amams e como pretende trabalhar junto as outros municípios?
A Amams, quando foi criada, reunia os 42 municípios da área mineira da Sudene. Com as emancipações, passou a contar com 86 municípios. Porém, com o seu trabalho, passou a atrair municípios de outras regiões, como Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Centro de Minas. São 186 municípios e queremos todos eles filiados conosco. Implantei uma mentalidade: a Amams não é de nenhum grupo político. Não é de A, B ou C. É de todos, de A a Z. Por isso, quero ainda esse ano deixar a entidade com os 186 prefeitos do Norte de Minas, Vales do Jequitinhonha e Mucuri, mais uns seis a dez de regiões próximas. 
 
Há algo a ser resgatado? Vimos que a Amams nos últimos anos foi esvaziada com a criação de outras associações. Dá para trabalhar em conjunto?
Realmente surgiram associações e consórcios municipalistas. Isso faz parte do processo democrático da política. Por isso quero unificar todas entidades que atuam no municipalismo. Temos de respeitar as diferenças, mas nos unirmos nos grandes planos e projetos. Nesse caso da geração de 50 mil empregos, quem terá coragem de ficar contra? Seria o suicídio político. Vamos trabalhar juntos. 
 
Há alguma agenda já programada em âmbito estadual ou federal?
A minha prioridade é fortalecer a Amams, que se constitui a maior entidade microrregionalista do Brasil. É claro que temos agendas estaduais e federais. A primeira delas foi a criação dos 50 mil empregos. Queremos implantar o Polo Minerário do Norte de Minas, iniciando com a SAM Metais, cujo licenciamento está com o governo de Minas. Vamos trabalhar para a concessão da BR-251, pela sua duplicação. Nessa semana, o montes-clarense Luiz Antônio Athayde nos mostrou como o Norte de Minas precisa se beneficiar com a antecipação da concessão da malha ferroviária. Conversei com o governador e me reunirei com toda bancada do Norte de Minas e senadores. 
 
Tem algum projeto para fortalecimento da entidade?
Para gerar os 50 mil empregos, precisamos fortalecer a atividade econômica de cada município. Temos de fomentar a atividade econômica de cada localidade. Isso exige a união de esforços. Essa será nossa maior bandeira.

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