(Arte HD)
Uma pane no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atrasou a divulgação do resultado das eleições em Montes Claros e em todo o país. Só depois das 23h é que foi possível conhecer os nomes dos eleitos para comandar a prefeitura e para ocupar as cadeiras da Câmara a partir de 2021.
O prefeito Humberto Souto (Cidadania) foi reeleito. No Legislativo, o índice de renovação foi baixo, com quase 60% dos atuais vereadores sendo reeleitos.
Apenas dez cadeiras da Casa serão ocupadas por novatos. As outras 13 continuam com parlamentares que finalizam o mandato neste ano (veja os nomes abaixo).
Dois dos estreantes “herdaram” os votos de familiares, caso de Eldair Samambaia (PSD), irmão do ex-vereador Junior de Samambaia. Por outras duas vezes, Junior foi campeão de votos, mas não conseguiu ocupar a vaga em razão do sistema que impõe um quociente eleitoral pela legenda.
O outro foi Leãozinho (Patriota), que herdou o eleitorado do pai, o ex-vereador Leão, cujo mandato foi cassado depois de considerado culpado pela Justiça por compra de votos.
Já Edson Cabeleireiro, eleito pelo PV, disputou os votos dentro da própria família. O irmão, Sérgio Pereira, atual vereador, foi candidato e não se reelegeu.
BANCADA FEMININA
Houve um aumento de mulheres eleitas, mas considerado muito pequeno: de três para quatro. As novatas são a empresária Ceci Protetora (PP) e a professora Iara Pimentel (PT).
Saiu Néia do Criança Feliz, mas as outras duas mulheres, Graça da Casa do Motor e Maria Helena continuam na Câmara.
Para o analista político Aldeci Xavier, a composição do Legislativo montes-clarense revela a falta de representatividade dos diversos segmentos.
Aldeci acredita que falta união em torno de um projeto comum. “A bancada passa a ser de quatro mulheres. Não houve um aumento significativo. Foi uma evolução acanhada ainda. As minorias, como negros e LGBTs, não são os únicos a não conseguirem êxito na eleição. Não existe uma representatividade de segmentos na Câmara”, pontua.
“No restante da lista, não aparece ninguém que tenha um trabalho segmentado. Quem representa a classe dos produtores rurais, na prática? Quem representa o empresariado? Não tem”, exemplifica.