(maurício vieira/hoje em dia)
O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta sexta-feira(5), na capital mineira, que espera que nos próximos dias seja anunciada a renovação do auxílio-emergencial do governo federal, ou algum outro tipo de socorro, a parte da população brasileira gravemente impactada pelos efeitos econômicos da pandemia.
A visita a BH foi a primeira saída oficial de Brasília após assumir o cargo, esta semana. “É inegável que, com a pandemia não tendo acabado, e ainda estando num ápice muito trágico para o Brasil, é fundamental que a gente tenha uma assistência às pessoas, seja com o incremento do Bolsa Família, seja com um programa análogo ao auxílio emergencial do ano passado”, afirmou.
Pacheco lembrou que, em 2020, o programa federal, apelidado de “coronavoucher” e executado pela Caixa, beneficiou mais de 70 milhões de brasileiros. “A um custo, é verdade, de mais de R$ 300 bilhões, um orçamento oito vezes maior que o do Bolsa Família. Mas foi necessário naquele momento. E agora é preciso socorrer novamente. Talvez, não na mesma conta, não necessariamente com a mesma identidade de programa, mas é preciso ter essa assistência social mais imediata”, destacou o senador.
RESPONSABILIDADE
“Um ponto por mim tocado, até para revelar ao ministro a sensibilidade política do Senado, que é humana, foi o de que as pessoas precisam ser assistidas. E senti muita receptividade à ideia de que, com toda responsabilidade fiscal, encontrando caminhos com fundamentos econômicos, possamos ter uma assistência social mais imediata, neste momento de pandemia, enquanto a vacina não é alargada para toda a população”, acrescentou Pacheco.
O senador afirmou ainda que a intenção dele e de Paulo Guedes seria a de alocar recursos para o “novo” socorro com respeito ao texto de gastos. Mas até isso poderia ser discutido. “As pessoas estão em dificuldades extremas, de modo que a relativização do teto de gastos poderia ser considerada”, disse.
Possíveis fontes de recursos para assegurar os auxílios dependeriam de “mexidas através de propostas legislativas, PECs pendentes de apreciação no Senado e na Câmara, que já darão o norte de responsabilidade fiscal para se ter recursos na própria arrecadação”.
Na primeira visita a BH após tornar-se presidente do Senado, Pacheco esteve, primeiro, com o governador Romeu Zema (Novo) e, em seguida, com o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), aos quais não poupou elogios pelos esforços contra a pandemia.
À tarde, foi à Assembleia Legislativa encontrar-se com o presidente da instituição, o deputado Agostinho Patrus (PV).