(FÁBIO MARÇAL/DIVULGAÇÃO)
Vereadores de Montes Claros acusam o prefeito Humberto Souto de realizar obra eleitoreira na semana do primeiro turno. Indignado com a falta de atenção aos diversos bairros da cidade, o vereador Oliveira Lêga (PPS) entrou com requerimento na Câmara Municipal para pedir explicações ao prefeito sobre critérios adotados na escolha das ruas que receberam pavimentação na ocasião específica.
O texto diz que “foi exaustivamente publicizado pela prefeitura um pacote de 24 quilômetros de asfalto que atenderia a todos os vereadores. Acontece que no período eleitoral apenas alguns parlamentares foram atendidos e não sabemos quais os critérios obedecidos. A população nos cobra diariamente e precisamos levar às nossas bases as informações da administração”.
Marlon Xavier (PTC) afirma que, se confirmadas as suspeitas dos vereadores, o ato do prefeito configura crime. “Nós trazemos a demanda. Se acontece esse direcionamento no período eleitoral, com beneficiamento de alguns que, por ventura, sejam da base do prefeito, está incorreto. Isso é compra de votos e troca de favores. Nós temos que ser justos e atender a população por igual. É um absurdo esse direcionamento”, declarou o parlamentar.
Ele alega que ainda não foi atendido em suas indicações, em razão do posicionamento firme e de cobrança na Câmara, apontando a inércia e abusos cometidos pela prefeitura.
“Espero que seja trazida a essa Casa uma explicação cabível nessa agenda que foi montada em relação ao asfaltamento. Se isso aconteceu de forma eleitoreira, mostra que o prefeito não está cumprindo com o que ele pregou – de honestidade e respeito”, complementou.
“Tem vereador que nem está nesta Casa mais, como é o caso do ex-vereador Leão (PSDC). Mesmo assim ele está sendo atendido. Nem quero acreditar que são questões políticas”, lamentou o vereador Edmílson Magalhães (PSDB), que eventualmente se posiciona como situação.
DESORGANIZAÇÃO
Na semana das eleições, as obras de recapeamento realizadas no Centro da cidade foram motivo de muito transtorno para os motoristas.
Diversas ruas foram interrompidas em horários de pico, sem qualquer tipo de sinalização. “Mais uma vez a MCTrans desrespeita a população e interrompe o trânsito sem comunicar. Bato ponto no serviço e cheguei atrasado por falha dos outros. O prefeito colocou carros trabalhando nas ruas pra chamar atenção. Passou a eleição, a cidade continua um caos”, relatou o comerciário E.S., funcionário de uma loja nas proximidades da Catedral.