Norte de Minas deixa de aumentar representatividade

Número de parlamentares da região eleitos para os Legislativos estadual e federal é o mesmo de 2014

Márcia Vieira
O Norte - Montes Claros
09/10/2018 às 06:40.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:52
 (MÁRCIA VIEIRA)

(MÁRCIA VIEIRA)

O resultado das urnas aponta que o Norte de Minas saiu enfraquecido do processo eleitoral em 2018. Apesar da campanha “Quem é do Norte, vota no Norte”, capitaneada pelas entidades classistas que pediam aos norte-mineiros para não escolherem candidatos “paraquedistas”, diversos deputados estranhos à região receberam votos, o que impossibilitou que políticos montes-clarenses atingissem o coeficiente exigido por cada coligação.

Na Câmara Federal não houve ampliação da bancada norte-mineira. Saíram dois parlamentares e entraram dois. A novidade é o deputado Paulo Guedes (PT), o mais votado da região, com 176.841 votos.

Com a saída da Assembleia de Minas, o petista abriu vaga para a montes-clarense Leninha, colega de partido e ex-candidata a prefeita de Montes Claros. Leninha recebeu 50.407 votos. Além dela, foi eleito o ex-presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), José Reis, que se junta a outros norte-mineiros reeleitos – todos com votação inferior à obtida no pleito passado.

Para o radialista e comentarista político Fred Silva, a grande frustração nestas eleições foi a quantidade de votos brancos, nulos e abstenções, que poderiam contribuir e muito para aumentar a representatividade da região, tanto na Câmara Federal quanto no Legislativo estadual.

“O Norte de Minas perde força e, mais uma vez, mostra a desunião”, disse. “Enquanto houver paraquedistas que subtraem os votos do Norte, nossas mazelas não serão resolvidas. Não se observa o trabalho árduo desenvolvido em prol do Norte, o que deveria ser prerrogativa na hora da escolha. Estes mesmos (eleitores) são os que usam as redes sociais para reclamar, mas não cumprem com o dever de casa. Quem não participa perde o direito de reclamar”, pontuou.
 
MAIS SURPRESAS
No governo de Minas, o senador Antonio Anastasia (PSDB), até então favorito nas pesquisas, foi ultrapassado por Romeu Zema (Novo). Os dois seguem para o segundo turno.

Para o Senado foram eleitos dois representantes de Minas: Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS). A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que aparecia como favorita nas pesquisas, ficou de fora.
 
AGRADECIMENTO
A deputada Raquel Muniz, eleita pelo PSC em 2014, mudou de partido e não atingiu o número de votos necessários à reeleição. Este ano, ela fez parte da coligação “Reconstrução Já”, que inclui PSDB, PSD, Solidariedade, PPS, DEM e PP.

A deputada, o ex-prefeito Ruy Muniz e a candidata a deputada estadual Dra. Ariadna emitiram nota de agradecimento aos que acreditaram no trabalho deles.

“Temos a consciência tranquila do bom trabalho realizado. Aos que nos honraram com seu voto, o nosso muito obrigada. Aos que optaram por outro candidato, o nosso respeito absoluto à escolha democrática de cada um. Aos eleitos, os nossos votos de sucesso e que possam fazer um bom trabalho nos próximos quatro anos. Quanto a nós, estaremos sempre onde estivemos: firmes, trabalhando para o desenvolvimento de Minas e do Brasil, na construção de um país digno do seu povo. Continuaremos com o nosso propósito de servir, porque acreditamos nas pessoas. A política é, para nós, mais uma ferramenta nesta missão de servir ao outro. Estejam certos, continuaremos a nossa missão de servir. Contem sempre conosco!”.

“Continuaremos com o nosso propósito de servir, porque acreditamos nas pessoas. A política é, para nós, mais uma ferramenta nesta missão de servir ao outro. Estejam certos, continuaremos a nossa missão de servir”Nota de Raquel Muniz, Ruy Muniz e Dra. Ariadna
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