Emater reduz benefícios do programa Minas sem Fome e alega falta de dinheiro

Jornal O Norte
03/11/2006 às 12:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:43

Eduardo Brasil


Repórter


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O vereador Antônio Silveira usou a tribuna da câmara municipal de Montes Claros, nesta semana, para ressaltar seu protesto contra medida da Emater-MG que reduziu o número de sementes de milho e de arroz a serem distribuídas aos pequenos produtores rurais do município, dentro do Programa Minas Sem Fome.

De acordo com Silveira, que recebeu correspondência da secretaria municipal de Agricultura, dando conta da medida da empresa, a redução é expressiva e certamente prejudicará as famílias rurais que esperavam receber o número de sementes antes estipulado pela Emater, em Belo Horizonte.

MENOS l.776 SACOS

Na correspondência assinada pelo secretário municipal de Agricultura, Osmani Barbosa Neto, o vereador foi informado de que o projeto original de distribuição das sementes sofreu a seguinte alteração: em vez de serem distribuídos 2.177 sacos de sementes de milho, somente 401 chegarão às comunidades campesinas. O mesmo critério será observado também para a distribuição das sementes de arroz.

- A Emater do estado alega que a redução se dá face à escassez de recursos para o programa assistencial do governo mineiro. Com essa quantidade de sementes, muitos dos pequenos produtores rurais poderão ficar à margem do processo, uma vez que os 401 sacos de sementes não deverão atender plenamente às 2.200 famílias cadastradas – acrescentou o vereador.

MINAS SEM FOME

O Programa Minas Sem Fome atende, em Montes Claros, a 28 associações com cadastros na Emater-MG.

- Penso que a câmara municipal deve agir no sentido de que o projeto original seja mantido, evitando que a distribuição das sementes não chegue a todas as famílias credenciadas a receberem o benefício. Muitas ficarão desta forma, sem condições de plantar, o que vai gerar novas dificuldades para o homem do campo – ressalta o vereador, conclamando a bancada ruralista do parlamento municipal, que integra, a empreender gestões no sentido de reverter essa decisão da Emater.

- É bom se frise: não se trata de uma decisão do escritório da Emater em Montes Claros. É uma deliberação da empresa no estado – encerra Antônio Silveira.

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