(MÁRCIA VIEIRA)
Convidado pelos vereadores para discutir o orçamento municipal de 2019, o prefeito Humberto Souto e secretários não compareceram para responder aos questionamentos dos parlamentares e do cidadão que esteve na manhã de quarta-feira na Câmara Municipal. No lugar do líder do Executivo, o gerente de Orçamento da prefeitura, Francisco Lima, que apresentou os dados técnicos, mas não foi o suficiente para esclarecer as dúvidas dos vereadores e convidados.
O vereador Wílton Dias (PHS) lamentou a falta de interesse do Executivo em dialogar com o Legislativo e a população. “A peça mais importante do município é o orçamento. Deveriam estar todos presentes, mas infelizmente não se pode contar com a presença deles”, disse o parlamentar.
Para Dias, passa pela questão de consciência da pessoa que assume o cargo público eleger prioridades. “Lamentamos porque o prefeito é que tem a caneta para mandar fazer o que a cidade mais necessita, mas enfim, mesmo sem a presença dele, discutimos o assunto”.
O valor do orçamento para o exercício de 2019 é de R$ 1,3 bilhão, incluindo o Orçamento Fiscal e Seguridade Social, além das autarquias do município, como MCTrans e Esurb.
Valcir Soares (PTB) destacou que a previsão de receita incorpora recursos provenientes dos governos estadual e federal, mas que a maior fatia provém do bolso do cidadão montes-clarense e, portanto, deveria haver investimento na cidade.
“Boa parte dos recursos tem vindo do povo da nossa cidade, com o pagamento de impostos pelo cidadão e pelo setor empresarial. Com a emenda impositiva, o povo tem uma participação maior e passa a ser mais democrático este orçamento. O prefeito atendeu apenas a alguns vereadores, mas ele tem que atender a todos e tem o prazo para isso. Se ele não cumprir, vamos fazer a representação no Ministério Público para que ele cumpra o orçamento”, ressaltou.
O vereador Idelfonso Oliveira (MDB) questionou a existência da “Supermoc”, cujo orçamento previsto está em torno de R$ 1,2 milhão. Mas o representante da prefeitura disse apenas que é uma autarquia criada recentemente para administrar os espaços esportivos e que é preciso aguardar para ver o que vai acontecer.
“A Secretaria de Esportes tem dinheiro e não faz nada. Os eventos não têm participação da secretaria que, por sua vez, não tem planejamento. Criar uma instituição para gerenciar patrimônio? A prefeitura já tem”, criticou o vereador.