Câmara adia criação de Conselho da juventude

Jornal O Norte
06/03/2006 às 10:47.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:30

Eduardo Brasil


Repórter


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A tramitação na câmara municipal de Montes Claros de projeto de lei do vereador Athos Mameluque - PMDB, propondo a criação de um Conselho da juventude deve ser precedida de uma discussão mais abrangente e que reúna os vários segmentos da sociedade para que ele seja integrado, inclusive, por pessoas que possam desempenhar de fato as suas atribuições com disposição, interesse e dinâmica, viabilizando o alcance de metas.

Foi esta a conclusão a que chegaram os vereadores e convidados da câmara municipal de Montes Claros ao término da audiência pública, proposta pelo vereador Lipa Xavier - PCdoB, na quinta-feira 2, que aprofundou discussões sobre o tema.

Participaram da sessão representantes dos estudantes, entre eles o presidente da Une - União nacional dos estudantes, Maurício Veloso, diretores do Demc - Diretório dos estudantes de Montes Claros, a primeira-dama do município, Vera Pereira, Márcia Saraiva, secretária de Governo, além de lideranças comunitárias.

TEMPO PEDIDO

A primeira-dama, Vera Pereira elogiou a iniciativa do vereador peemedebista de apresentar um projeto de suma importância e de grande alcance social. Observou que o governo municipal tem na assistência aos jovens uma de suas prioridades - já que 82% deles teriam dado o voto de confiança a Athos Avelino - PPS nas eleições de 2004, na expectativa de que fossem implantadas políticas públicas que venham a beneficiá-los.

No entanto, Vera Pereira pediu que a tramitação da matéria no legislativo, além de precedida de debates indispensáveis, ocorra após os vereadores conhecerem as ações que a administração já vem tomando, referindo-se à divisão de Montes Claros em 12 núcleos urbanos e 14 rurais, locais onde atuam comissões municipais que trabalham na reunião das principais demandas da juventude - no sentido de que ao projeto sejam introduzidas algumas das medidas que possam atendê-las.

Acrescentou ainda que a composição do conselho não deveria ficar restrita a representantes da Une, do Demc e da União de colegiados de Minas Gerais, como dispõe o projeto, lembrando que instituições como as igrejas católicas e evangélicas, por exemplo, não devem ficar alijadas do processo.

TEMPO CONCEDIDO

O vereador Athos Mameluque recebeu bem as sugestões da primeira-dama e mais ainda a notícia de que a administração já avançou na elaboração de políticas públicas voltadas para a juventude montes-clarense.

Para ele, não haverá nenhum problema em protelar a tramitação do seu projeto. Apoiou a promoção de discussões mais amplas sobre o assunto, paralelamente ao estudo das ações administrativas que deverão ser encaminhadas para observação do legislativo, ainda que isso resulte na elaboração de um novo projeto de lei. 

O presidente nacional da Une, Maurício Veloso, por sua vez deixou a audiência pública convencido de que uma abordagem mais adequada sobre a criação do conselho foi uma medida sensata tomada pelos vereadores e pelos servidores municipais.

Segundo ele, não adiantaria um conselho com uma representatividade indicada sem muitos critérios, por simples questão de quantidade, pois a falta de qualidade resultaria na composição de um órgão ineficiente.

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