Audiência pública discute aumento de taxa de esgoto

Jornal O Norte
31/10/2006 às 10:12.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:43

A prefeitura de Montes Claros, sob a concessão da Copasa, está autorizada a conduzir as obras da Estação de Tratamento e Esgoto – ETE. A obra deverá consumir R$ 38 milhões, valores que estarão inseridos ao orçamento municipal para 2007 para a execução do saneamento básico. Enquanto as obras não se concretizam, a Copasa está cobrando taxas exorbitantes de esgoto dos montes-clarenses, correspondendo ao mesmo valor cobrado pela taxa de água, ou seja, para quem paga o valor de R$ 35 pela taxa de água, paga mais R$ 35 pela taxa de esgoto.

Para discutir esse impasse, a Câmara Municipal de Montes Claros realizou na última sexta-feira a audiência pública, sob a proposição da veradora Fátima Pereira, para discutir sobre a construção da estação de tratamento e sobre as taxas de esgoto cobradas pela Copasa.

A empresa não enviou nenhum representante para a audiência, dificultando um pouco o debate que contou com a participação de funcionários do Ministério Público, vereadores, o secretário municipal do Planejamento, Guilherme Guimarães e cidadãos presentes.

Devido à urgência em se discutir este problema, a reunião continuou mesmo com a omissão da Copasa. A proponente Fátima Pereira falou sobre a taxa abusiva e demonstrou toda a sua indignação quanto à indiferença do prefeito Athos Avelino em sair em defesa dos cidadãos de Montes Claros.

O vereador Athos Mameluque, em seu pronunciamento, declarou que o prefeito faz de conta que não sabe de nada e, na verdade, nega ajuda ao povo. Ao contrário do que diz Guilherme Guimarães, que o prefeito não está inerte, está preocupado.

O vereador e deputado eleito Ruy Muniz, disse que o prefeito tem que agir e não está agindo.

- O esgoto está sendo jogado diretamente no rio e não está sendo tratado – salienta. Segundo o vereador, enquanto não tiver uma estação de tratamento de esgoto, o povo não pode continuar pagando por serviços que não recebe. Ainda, segundo Ruy Muniz, as obras da ETE são essenciais para melhorar a qualidade de vida da população e devem ser promovidas corretamente.

Alguns cidadãos presentes também se manifestaram em protesto quanto às taxas nas contas de água. Eles foram unânimes em falar que não sabem a quem mais apelar e se declaram preocupados uma vez que não têm condições de arcar com contas de água de mais de R$ 160,00 reais. Jadir Magalhães, funcionário público municipal, morador da Vila Oliveira, cobrou do prefeito Athos sensibilidade aos problemas da comunidade.

- Tenho certeza que os vereadores presentes e o prefeito irão tomar as providências necessárias para resolver essa questão - disse Jadir, que ao terminar seu apelo, mostrou uma conta de água, com quatro taxas abusivas de esgoto, segundo ele, motivo de sua indignação.

A reunião foi encerrada com a promessa por parte dos vereadores de que continuarão clamando à atual administração que tome as medidas cabíveis para solucionar o problema.

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