Audiência denuncia descaso com os produtores rurais

Estradas precárias, insegurança e burocracia de órgãos ambientais tornam vida no campo mais sofrida em MOC

Márcia Vieira
22/03/2019 às 06:49.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:55
 (MÁRCIA VIEIRA)

(MÁRCIA VIEIRA)

Estradas precárias, insegurança e burocracia dos órgãos ambientais. Esses foram os principais problemas denunciados ontem pelos representantes de entidades do setor agropecuário durante audiência pública realizada na Câmara de Montes Claros para discutir questões ligadas à área rural.

Proposta pela vereadora Maria Helena de Quadros (PPL), a reuniu abordou também os impactos que a reforma da Previdência podem trazer para o homem do campo. Representante da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), Eliane Aparecida manifestou preocupação caso seja aprovado o aumento no limite da idade para o homem do campo se aposentar.

A proposta do governo encaminhada ao Congresso estipula aumento na idade para aposentadoria, além, de segundo ela, implicar em maior dificuldade de se conseguir benefícios previdenciários.

“São vários prejuízos para o trabalhador rural. Tenho esperança de que a situação seja revista e precisamos da conscientização dos representantes da cidade, que devem votar contra essa reforma e dialogar com outros para não deixar passar. Vai ser um prejuízo enorme se essa reforma passar”, diz Eliane, que pede a atenção dos deputados federais com a região.

ESTRADAS
Outro problema apontado pelos produtores é a dificuldade de escoamento da produção, que impacta na estabilidade do produtor, que tem que ir à cidade até três vezes por semana. “Várias pontes já desabaram, outras estão caindo. Facilitar esse acesso é o ponto primordial. Os produtores dependem das estradas. Todos são importantes, mas consertar as estradas é uma questão emergencial”, pontua Robson Damião, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montes Claros.

“A audiência serviu para levantarmos os pontos que a gente já conhecia. Foi mais para comentar, mas no fundo falta mais ação. Para ter resultado, a gente precisa implementar as ações de fato”, disse Robson.

Presidente da Sociedade Rural, José Luiz Veloso Maia considera a desburocratização como medida crucial para a fluidez do trabalho no campo. Ele defende o autolicenciamento, mecanismo em que os próprios engenheiros possam emitir licença para o cliente como alternativa para agilizar processos. “Um novo modelo de trabalho não vai gerar custos para o Estado”, disse José Luiz.

O secretário Municipal de Agricultura, Osmani Barbosa Neto, admitiu que algumas máquinas para reforma das estradas estão quebradas, mas foram adquiridos dois novos veículos. Segundo ele, será necessário aguardar o final da chuva para dar início aos trabalhos.

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