Aprendizagem para evitar evasão

Em evento com a deputada Raquel Muniz, ministro da Educação diz que principal desafio é impedir que jovens abandonem a escola

Malú Damazio
23/11/2018 às 21:29.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:13
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Garantir o aprendizado das crianças e barrar o abandono dos estudos na adolescência. Para o ministro da Educação Rossieli Soares, esses serão os principais desafios a serem enfrentados pelo próximo representante da pasta, o colombiano Ricardo Vélez. O atual gestor diz que dos 3,5 milhões de jovens que entram no 1º ano do ensino médio, apenas 1,7 milhão concluem a etapa.

“Universalizamos o acesso dos que têm até 6 anos nas instituições. Agora, temos que garantir que eles aprendam. Se isso não acontece, acabam reprovando e abandonando. Não podemos deixar esse processo continuar”, afirmou Soares, durante a inauguração do campus do Instituto Federal de Educação de Minas Gerais (IFMG), em Ibirité, na Grande BH, nessa sexta-feira.

Para ele, o próximo governo deve “mirar na qualidade” do ensino e dar continuidade à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece diretrizes para nortear o aprendizado em todas as etapas da educação básica. Soares defendeu atenção à alfabetização, à educação do 6º ao 9º anos e a valorização dos municípios.

Sobre a possibilidade de rompimento do novo governo com projetos desenvolvidos pelo Ministério da Educação (MEC), Rossieli Soares espera que Vélez adote uma política de continuidade. “Tem que melhorar a educação com base em evidências. O que dá certo, continua”.

NOVO CAMPUS
Iniciada em 2014, a construção do campus do IFMG em Ibirité foi orçada em R$ 17,6 milhões. A partir do próximo ano, a unidade irá ofertar quatro cursos. Engenharia de controle e automação será a graduação. Já os técnicos integrados ao ensino médio são automação industrial, mecatrônica e sistemas de energia renovável.

No evento, a deputada federal Raquel Muniz comemorou as novas instalações em um momento de crise econômica. A parlamentar é autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 15/2015) que pretende tornar permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), iniciado em 2007 e com prazo até 2020.

“As universidades federais têm um papel importante, mas estão localizadas em grandes centros, recebem os alunos que tiveram mais oportunidades durante toda a vida escolar, desde o ensino fundamental ao médio. Já os institutos federais são descentralizados e estão muito mais próximos da população que mais precisa”.

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