Ambulantes reclamam da violência de fiscais da prefeitura

Jornal O Norte
16/06/2006 às 12:07.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:37

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net

Conforme divulgado na coluna E por falar em política na edição de O Norte do último sábado, algumas pessoas que transitam no centro de Montes Claros estão reclamando da forma como alguns fiscais da prefeitura, mais precisamente da secretaria de Serviços Urbanos estão abordando os vendedores ambulantes que trabalham com seus carrinhos de frutas próximo as praças Doutor Carlos e Coronel Ribeiro.

A reportagem de O Norte conversou com algumas pessoas que trabalham neste tipo de atividade no centro, e estes disseram que esperam da prefeitura uma liberação para que possam trabalhar com tranqüilidade pois da atividade é tirado o sustento para ajudar no orçamento da família.

- Muitos jovens estão na vida do crime, eu não; eu quero mesmo é trabalhar. Não tem condições, eles não deixam a gente trabalhar aqui, diz um dos ambulantes que pede para ter seu nome preservado.

-Tiro o meu sustento daqui, este é o único meio de sobrevivência para a minha família, mas só que os fiscais acham que a solução é prender, diz um outro.

Um outro ambulante entende que a prefeitura deveria ajudar-los a formar e organizar uma cooperativa para os ambulantes do centro da cidade, desta forma, na opinião deles, a prefeitura poderia ajudá-los a regularizar a situação.

SECRETARIA DE SERVIÇOS URBANOS

Ouvida pelo O Norte, Maria Lúcia Ramos, que trabalha na secretaria de Serviços Urbanos, diz que a informação de que os fiscais da secretaria estariam abordando de maneira ostensiva os ambulantes não procede. Ela afirma que alguns fiscais que trabalhavam anteriormente eram de fato geradores  de problemas, no entanto, os atuais são pessoas calmas e que sabem trabalhar com os ambulantes. Ainda de acordo com Maria Lúcia, a pessoa encarregada de orientar e organizar o trabalho dos fiscais é Valter Quintino, que é uma pessoa ética, transparente, educada e comprometida com o seu ofício.

Maria Lúcia conta que a maioria destes ambulantes são reincidentes e são abordados de cinco a seis vezes por dia e que dependendo do número de abordagens a mesma passa a ser mais positiva. Ela explica que a cidade de Montes Claros tem um código de postura que  consiste em delimitar sobre as medidas de policia administrativa que está a cargo do município e que tem que ser seguido.

Este código de postura contém algumas medidas, como por exemplo, a proibição de afixar cartazes em prédios públicos.

De acordo com Maria Lúcia, atualmente no  centro de Montes  Claros tem entre 35 e  40 ambulantes trabalhando de maneira irregular.

- Este número oscila muito e depende das frutas de época que são vendidas. O número era menor e vem crescendo,  conta Maria Lúcia que afirma que em um levantamento realizado pela prefeitura no final do ano passado,  foram registrados147 pessoas trabalhando na informalidade nos arredores do centro da cidade. Ella diz que no caso especifico dos vendedores ambulantes do centro já está programada uma reunião ainda para esta semana com o prefeito Athos Avelino, no sentido de que estes e outros assuntos sejam discutidos.

Sobre a sugestão de um dos ambulantes de ser criada uma cooperativa para os ambulantes ela afirma que a idéia já foi até pauta de uma reunião e que será mais uma vez levada em consideração. Maria Lúcia afirma que um dos motivos pelos quais os vendedores ambulantes não podem trabalhar no centro é que os mesmos disputam espaço com os pedestres o que provoca problemas. A área em que é permitido que eles trabalhem  é na faixa do mercado central, que é próprio para este tipo de comércio.

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