Vereador propõe assistente social e psicólogo na escola

Projeto de lei deve entrar em pauta nos próximos dias; objetivo é que alunos tenham melhor acompanhamento

Márcia Vieira
18/04/2019 às 07:24.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:17
 ( MÁRCIA VIEIRA)

( MÁRCIA VIEIRA)

Deu entrada nesta semana na Câmara Municipal, projeto de autoria do vereador Daniel Dias (PCdoB) que determina ao município a inserção de profissionais das áreas de assistência social e psicologia nas escolas da rede de ensino municipal.

O PL diz que os profissionais serão lotados na Secretaria Municipal de Educação e atuarão em equipes, por área de abrangência. “A garantia das condições técnicas serão asseguradas mediante previsão orçamentária da política de educação municipal”, diz o texto.

Para o vereador, o projeto está de acordo com o que prevê tanto o Conselho Regional de Psicologia quanto os Conselhos Federais de Psicologia e de Serviço Social.

“O objetivo é corrigir as distorções e trazer acertadamente todas as atribuições que podem ser desenvolvidas por estes importantes profissionais, levando em conta que a educação no município passa por graves problemas”, diz Daniel.

“Grandes demandas que estão nas escolas hoje não são escolares. São problemas sociais, que afetam principalmente o aprendizado. Muitas vezes as escolas têm que encaminhar para um local que tenha este profissional e, na rede pública, fica difícil este atendimento”, destaca a assistente social Simone Torres, que aposta na aprovação do projeto.

A psicóloga Leila Silveira acredita que a presença deste profissional vai resultar na diminuição dos conflitos. “Nós estamos vivenciando situações diversas e problemáticas, como bullying, dificuldade de aprendizagem, falha na inclusão e outra situação que vem preocupando muito a todos, que é o suicídio na adolescência, além da falta de perspectiva”, diz a psicóloga.

Ela acrescenta que a luta não é apenas da categoria e que municípios menores do que Montes Claros, como Pirapora, já saíram na frente e têm uma lei que preconiza a presença destes profissionais.

“Todos os atores, como família, estudantes e professores, pedem a presença do profissional, que faz a interlocução entre eles, tendo o máximo de cuidado para evitar o excesso de medicação que está acontecendo dentro das escolas”, pontua Leila Silveira.
 
VOTAÇÃO
O projeto deve entrar na pauta de votação nas próximas reuniões e, se aprovado, o prefeito Humberto Souto (PPS) terá o prazo de 60 dias para definir as áreas de abrangência territorial por meio de decreto.

A reportagem tentou contato com a secretária Municipal de Educação, Rejane Veloso, para falar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

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