Recursos da União podem minimizar crise nos municípios norte-mineiros

Francisco Sá e Varzelândia explicam aplicação; Montes Claros não detalha uso da verba federal

Márcia Vieira
O Norte
05/05/2020 às 01:58.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:25
 (Divulgação)

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Municípios norte-mineiros estão se agarrando ao repasse de verbas do governo federal para realizar ações de combate e prevenção ao novo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, foram enviados às cidades cerca de R$ 25 bilhões, dentro dos termos do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus.

Montes Claros, que inicia a semana com 20 casos confirmados da Covid-19 e duas mortes, teria recebido R$ 49 milhões desse total. Mas a prefeitura não informou onde e como esse recurso está sendo aplicado.

Já cidades como Francisco Sá e Varzelândia relatam que o dinheiro chegou em boa hora e está sendo bem empregado.

Francisco Sá, que recebeu cerca de R$ 3,1 milhões, tem agido de maneira a melhorar as condições de higiene para a população, dentre outras ações pontuais. “Graças a Deus, os exames que são feitos têm dado negativo. Temos hoje 45 casos notificados, dos quais 35 já foram descartados e nenhum óbito. Acreditamos que as ações estão surtindo efeito”, afirma o prefeito Mário Osvaldo Casasanta (PT).

Ele conta que foram colocadas barreiras sanitárias, as linhas de ônibus que percorrem os distritos foram readequadas para diminuir a aglomeração de pessoas na cidade e para preservar a saúde daqueles que precisam se deslocar. Além disso, foi realizada uma dedetização no município.

O Hospital de Francisco Sá, que atende mais seis cidades próximas, possui 15 leitos reservados em ala especial para pacientes suspeitos da Covid-19. São três respiradores e mais duas mesas cirúrgicas também com respiradores que podem ser utilizados.

“O próximo passo é a colocação de tendas e cadeiras na porta das agências bancárias, local em que constatamos uma certa aglomeração. As pessoas precisam receber o dinheiro, então vamos focar nessa situação com cuidado. As obras não pararam, continuamos trabalhando, estou visitando as obras na zona rural e conseguimos manter os funcionários, pagando em dia”, diz o prefeito, que avalia que a queda na arrecadação está em torno dos 10%.
 
ABERTURA SEGURA
Já em Varzelândia, cidade com cerca de 20 mil habitantes, a prefeita Valquíria Cardoso (PMDB) avalia que a queda na arrecadação pode ter chegado a 20%. O repasse de R$ 2,3 milhões pela União chega para ajudar a cidade no combate à Covid.

Com as atividades inicialmente paralisadas, o município, que registra uma morte confirmada pela doença, avançou na colocação de barreiras sanitárias e outras medidas protetivas, para, em seguida, autorizar o funcionamento de algumas atividades.

“O comércio estava gritando. Temos pequenos comerciantes que sobrevivem daquilo que vendem. O que fizemos foi tomar os devidos cuidados recomendados pelos organismos de saúde e manter uma fiscalização em cima disso. Nós distribuímos máscaras para a população e alguns serviços como bares e restaurantes continuam fechados e apenas com sistema de entrega. As atividades escolares continuam, os professores passam as atividades escritas e os pais vão à escola para buscar o conteúdo e passar aos filhos”, diz a prefeita.

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