Quase metade quer reduzir gastos

Pesquisa do SPC mostra que 48% dos consumidores pretendem economizar neste início de ano

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Hoje em Dia - Belo Horizonte
04/01/2018 às 06:39.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:35
 (Marcelo Casal/Agência Brasil)

(Marcelo Casal/Agência Brasil)

Levantamento feito em doze cidades do país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 48% dos consumidores consultados pretendem reduzir os gastos neste começo de ano. O principal motivo é o nível elevado de preços, justificado por 24% dos entrevistados.

Outra razão apontada foi o desemprego (18%) e o mesmo percentual argumentou ter apenas interesse em economizar. Para 16%, essa é uma maneira de enfrentar o endividamento e a situação financeira difícil.

Na lista de compras para janeiro destacam-se, além dos produtos essenciais de consumo, roupas, calçados e acessórios (27%), remédios (17%), recarga para celular (13%), perfumes e cosméticos (10%) e móveis (8%), entre outros.

O levantamento foi feito em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém, Goiânia e Manaus na primeira quinzena de dezembro último, com base em 800 casos usados para compor o Indicador de Propensão ao Consumo, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito.

A pesquisa mostra que quatro em cada dez consumidores estavam com as contas em atraso no fim de 2017, o que equivale a 38% dos casos analisados e 45% declararam que estão no limite dos ganhos.
 
APERTADOS
Só 13% conseguiram chegar ao final do ano passado com sobra no orçamento. Entre os que fizeram empréstimos ou financiamentos, 22% estavam inadimplentes. 

A pesquisa mostrou ainda que 47% usaram mais o cartão de crédito em novembro, tendo um gasto médio de R$ 1.035. Ao mesmo tempo, 30% não alteraram os gastos e 19% disseram que reduziram o valor do consumo.

O estudo detectou que os gastos feitos com o cartão de crédito em sua maioria (66%) foram para adquirir itens essenciais em supermercados como, por exemplo, alimentos; 51% para remédios; 36% combustíveis; 33% com bares e restaurantes; 31% recarga de celular e 15% com gastos diversos.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, fez um alerta aos que usaram o 13º salário para colocar as contas em dia. “Uma vez restaurado o equilíbrio do orçamento, o consumidor precisa manter o controle dos gastos, estabelecendo prioridades e fazendo ajustes quando necessário”, disse.
(Agência Brasil)

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