Poucas mudanças: Montes Claros reelege 13 dos atuais 23 vereadores, sem destaque para a diversidade

Márcia Vieira
O NORTE
16/11/2020 às 23:58.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:04
 (Arte HD)

(Arte HD)

Uma pane no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atrasou a divulgação do resultado das eleições em Montes Claros e em todo o país. Só depois das 23h é que foi possível conhecer os nomes dos eleitos para comandar a prefeitura e para ocupar as cadeiras da Câmara a partir de 2021.

O prefeito Humberto Souto (Cidadania) foi reeleito. No Legislativo, o índice de renovação foi baixo, com quase 60% dos atuais vereadores sendo reeleitos.

Apenas dez cadeiras da Casa serão ocupadas por novatos. As outras 13 continuam com parlamentares que finalizam o mandato neste ano (veja os nomes abaixo).

Dois dos estreantes “herdaram” os votos de familiares, caso de Eldair Samambaia (PSD), irmão do ex-vereador Junior de Samambaia. Por outras duas vezes, Junior foi campeão de votos, mas não conseguiu ocupar a vaga em razão do sistema que impõe um quociente eleitoral pela legenda.

O outro foi Leãozinho (Patriota), que herdou o eleitorado do pai, o ex-vereador Leão, cujo mandato foi cassado depois de considerado culpado pela Justiça por compra de votos.

Já Edson Cabeleireiro, eleito pelo PV, disputou os votos dentro da própria família. O irmão, Sérgio Pereira, atual vereador, foi candidato e não se reelegeu.
 
BANCADA FEMININA
Houve um aumento de mulheres eleitas, mas considerado muito pequeno: de três para quatro. As novatas são a empresária Ceci Protetora (PP) e a professora Iara Pimentel (PT).

Saiu Néia do Criança Feliz, mas as outras duas mulheres, Graça da Casa do Motor e Maria Helena continuam na Câmara.

Para o analista político Aldeci Xavier, a composição do Legislativo montes-clarense revela a falta de representatividade dos diversos segmentos.

Aldeci acredita que falta união em torno de um projeto comum. “A bancada passa a ser de quatro mulheres. Não houve um aumento significativo. Foi uma evolução acanhada ainda. As minorias, como negros e LGBTs, não são os únicos a não conseguirem êxito na eleição. Não existe uma representatividade de segmentos na Câmara”, pontua.

“No restante da lista, não aparece ninguém que tenha um trabalho segmentado. Quem representa a classe dos produtores rurais, na prática? Quem representa o empresariado? Não tem”, exemplifica.

  

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