Gestor da MCTrans reembolsa o erário

Vereadores acreditam que atitude prova crime

Márcia Vieira
24/08/2019 às 07:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:09
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

Com o “arquivamento da denúncia” sobre crime de improbidade administrativa que teria sido cometido pelo presidente da MCTrans, José Wílson Guimarães, em 2018, quando foi acusado de usar equipamento público para reforma da própria casa, o vereador Oliveira Lêga (Cidadania) usou a tribuna da Câmara para alertar: “População, não houve arquivamento desse processo, como se o acusado não tivesse cometido crime. Ele cometeu e teve que ressarcir em dinheiro tudo o que foi gasto. A lei de improbidade administrativa tem essa opção. Em vez de responder a uma condenação, a pessoa paga na Justiça pelo gasto. Ele não é inocente, como foi divulgado. Ele praticou aquele erro grave”, disse.

Questionado sobre o episódio de 2018, José Wílson falou, em sabatina proposta pela Câmara, que os servidores envolvidos haviam realizado o serviço em sua casa “por amizade” e fora do horário de expediente, sem causar qualquer dano ao erário. E acrescentou que “desconhecia qualquer denúncia no Ministério Público contra ele”. 

Entretanto, no dia seguinte à sabatina, o documento confirmando o pagamento do gasto chegou ao conhecimento público: “...houve o integral ressarcimento (fls.23/25) dos gastos suportados pelos servidores da MCTrans por conta da conduta do representado, correspondente a utilização do veículo (fls. 11/18) e dos serviços prestados pelos dois servidores da autarquia (fls 19/20)“, diz o inquérito civil. 
 
VOTO DE CENSURA
Oliveira Lêga lembrou que recentemente entrou com o voto de censura contra o presidente da MCTrans, mas foi derrotado. Ele lamentou a posição de seus pares.

“Não sei qual o posicionamento desta Casa ao avaliar coisas erradas que acontecem com secretários ligados à administração municipal?”, complementou o vereador.

O vereador Sérgio Pereira (DC), um dos únicos a se posicionar favorável ao voto de censura, considera que a sabatina realizada pela Câmara com o presidente da MCTrans não atendeu ao objetivo. “Não estou aqui para fazer perguntas a ele, porque já temos as respostas. A MCTrans faz uma verdadeira ‘lambança’ na cidade e tudo continua como está”, considerou o vereador. 

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