Convivendo durante toda a campanha com um sentimento de que não estava sendo entendido em suas propostas de governo, o mineiro Aécio Neves finalmente está começando a enxergar uma “luz no fim do túnel” nestes poucos dias, horas, minutos e segundos da campanha para a Presidência da República. Com um percentual acima de 20 % das intenções do voto, ele com certeza vai partir firme para o ataque para ver se convence aos indecisos. É preciso registrar que ele encontrou alguns problemas de percursos como, por exemplo, a prematura morte de Eduardo Campos que alavancou a candidatura de Marina, que até então estava em 8% das intenções. Depois veio a demora do PSDB de São Paulo em vestir a camisa verdadeiramente através de Geraldo Alkimin e Serra e, finalmente, a ausência de Minas Gerais por ele pensar que por aqui estava tudo certo, o que não era verdade. Disto se aproveitou Dilma para dobrar o seu trabalho de convencimentos pelas suas montanhas. Mas analiso agora como foi o desempenho dos candidatos durante esta campanha. Dilma iniciou os seus programas exaltando resultados do PT há quase 12 anos a frente do Poder. Mirou os seus ataques em Aécio Neves fazendo comparações com Fernando Henrique Cardoso. Com o crescimento de Marina nas pesquisas, ela mudou o foco e começou a ataque à ex-seringueira. Ela a tratou como política fraca e que muda de posições quando pressionada. Dilma usou ainda a estratégia do medo e que o Brasil pode quebrar caso Marina vença as eleições, principalmente com relação a sua visão sobre o Banco Central.
Marina Silva iniciou o seu programa na ressaca da morte do ex-governador Eduardo Campos. Aproveitou junto ao seu vice, Beto Albuquerque, para assegurar que cumpriria todos os compromissos assumidos pelo seu antecessor. A maior parte do tem de TV foi para responder ataques e boatos, inclusive disse que quem foi seringueira e passou fome jamais acabaria com o Bolsa Família.
Já Aécio Neves usou o programa inicialmente para se apresentar ao eleitorado e atacou a presidenta Dilma. Mas com o crescimento de Marina mudou o esquema e atacou as duas como sendo elas da “mesma panela política”. Nesta última semana, está aproveitando o bom momento para se mostrar novamente.
Com o crescimento real de Aécio Neves, cabe a Minas Gerais dar a sua resposta e torná-lo majoritário por aqui, pois se cada um arranjar cinco votos, o quadro se reverte e teremos o mineiro no segundo turno. Vai depender do eleitor mineiro esta reviravolta. Vamos esperar.
