Adilson Cardoso *

É hora de recomeçar! o momento exato é este.Já tentamos o caco de vidro sobre o muro, a cerca elétrica sobre o caco, o cão mais feroz que as vezes se esquece que não somos o bandido, de nada adiantou. O crime se acostumou com os nossos artificios e ampliou sua rede de”atendimentos”, legalizou seus funcionários e deu crachás com codigos de barras para os seus mais ilustres. Faturaram tanto nas investidas que o superavit deu direito a terceirização do setor, com uma rede de influencias tão abastadas que é facil mapear a hierarquia dos meliantes que vai de um simples pivete a um renomado juiz de fino berço. É hora de recomeçarmos a viver, a reflexão está feita, dar um tiro na cabeça para fugir do assalto é covardia, mais covardia ainda é apodrecer precocemente na terra fria do “Jardim da Esperança”, sair matando quem se comporta diferente também  não é solução, pois o Rio de Janeiro já usa este argumento e até agora não funcionou.

Precisamos promover a paz! usar dos nosso poder auto-didata de realizar a antropologia e nossa habilidade natural de dar o jeitinho e acrescentar o amor, este sentimento pirracento que as vezes foge, mais sempre habita nossos corações. Mas o primeiro passo será eliminar de nós tudo aquilo que achamos defeituoso nos outros, arrancar a viseira da “perfeição”.Romper com os conceitos pejorativos que nossa boca não profere mas o pensamento apregoa, devolver o troco que recebemos a mais na lojinha de variedades, não jogarmos papel pela janela do onibus, não coçar o nariz e passar na parede alheia , desejar sempre o melhor ainda que as situações desfavoreçam, não acharnos que todo programa que pede ajuda para ajudar rouba parte do que arrecada, aceitar que aquele garoto que perambula pelas ruas com sua estôpa de thinner não teve opção, não está alí por amor ao léu.Calar o conceito obsoleto da predestinação para os males que assola a sociedade, devemos viver pensando aqui, deixe a salvação para o pós vida terrena.

Quando adquirirmos esta consciencia estaremos dando inicio ao Plano da Paz, assim aprenderemos que as dores doem em todos na mesma intensidade, que todos os exemplos deixados por ativistas da paz de “Lutherking a Gandhi”, pedem uma investida mais sólida naquilo que pretendemos, apenas querer que o mundo mude não é suficiente. O crime tem suas raizes no seio da sociedade, tem seus motivos dentro da implantação do regime capitalista imperialista no mundo, o exôdo rural ajudou ampliar as favelas, e o homem na favela é marginalizado pela sociedade que não dá emprego nem prerspectiva de sobrevivência, então o crime o adota e esta mesma elite que marginalizou se torna vitima.A paz que queremos está mais próxima do que pensamos, Reflita.

* Aprendiz de escritor