Logotipo O Norte
Sexta-Feira,18 de Outubro

Trabalho x pobreza

Jornal O Norte
15/10/2009 às 10:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:13

Wilson Silveira Lopes


Advogado e servidor público municipal

Quando se fala de pobreza nos dias atuais é comum vê-la sempre associada com a riqueza, isto porque o socialismo da caridade e da benevolência entra em pauta para aplicar ao tema a ideologia politicamente correta de uma mudança que virá, - dizem eles os sociais marxistas- trazendo uma igualdade perfeita entre ricos e pobres numa dimensão que chamam de “Uma Nova Era”, que além da ideologia marxista vem marcada como movimento de viés não espontâneo, dirigido contra a Religião de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não temo dizer que são apologistas do devaneio e lascivos enganadores.

Li, que no século XVII, hoje os que são ricos naquele tempo sequer viveriam como os pobres deste século.

É que lendo um pouquinho que seja, pode se saber que durante milênios a humanidade viveu pobreza arrebatadora, infinitamente maior do que a que se vive hoje; era nada mais, nada menos do que o jugo violento da indigência e da carestia.

Em século como o XVII, relata o escritor e filósofo francês Jean François Revel que a condição de miserabilidade vivida pelos pobres afetava de perto também a vida dos considerados ricos.

As sociedades, segundo ele, eram “Sociedades sem crescimento, resumo da história econômica num arco temporal que vai do Neolítico às vésperas da Revolução Industrial. Havia é certo, pequenos “oásis de prosperidade”, mas a condição rotineira das massas (leia-se: da imensa maioria da população) era paupérrima e degradante. As cidades eram insalubres. Não tinham qualquer sistema de saneamento básico, nem dispunham de iluminação pública, ...

Os campos, círculos de rotina e hábitos ancestrais, na melancolia do pitoresco, vegetavam na mais completa penúria, entregues às vicissitudes da sorte e ao capricho das estações. Reinava o arbítrio da Natureza! Até as famílias mais ricas e aristocráticas viviam num certo desconforto, o qual, nos dias de hoje, seria motivo de incompreensão e riso generalizado. O magnífico Luis XIV não tinha uma simples casa de banho. Os dejectos do palácio real eram despejados nas redondezas, numa operação pouco civilizada! Não havia papel higiênico em Versailles. As damas de Paris, senhoras de uma elegância quase mítica, não tinham nada parecido com o actual “penso higiênico”. Não me perguntem, por favor, como elas faziam, nos momentos de aperto biológico!...” - extraído do artigo “O Problema da Pobreza”, parte I - Casimiro de Pina, de 08.10.09 - MSM-

A Revolução Industrial surgida em meados do séc. XVIII, na Inglaterra, trouxe no seu bojo a força imbatível do capitalismo, trazendo o crescimento e resolvendo o problema eterno da escassez. Todos perceberam que algo novo acontecia e que era possível vencer a miséria e a pobreza. Embora o trabalho tenha sido possível na revolução industrial que veio a tona, os socialistas de plantão continuaram, como fazem até hoje, desprezando a riqueza e o crescimento quando isto não lhes interessava, ações praticadas naquele tempo e que são mesmismos de hoje.

A Revolução Industrial possibilitou inúmeros bens e serviços, criou uma nova perspectiva de vida que se espalhou pelo mundo aliviando de forma ímpar a pobreza, a fome e carestia das épocas anteriores.

Omitindo de forma grosseira a condição social de todos aqueles que anteriormente não tinham o que comer ou vestir, enfim, não tinham nada que pudesse ser chamado de riqueza ou abundância de bens, as chamadas esquerdas revolucionárias ou marxistas cuidavam apenas em denunciar e apregoar questões relativas a longa jornada de trabalho, exploração infantil, etc.

Enfim, hoje a apologia que se faz é a de manter o ignorante sempre ignorante de sua realidade; o ostracismo dos que não devem saber nada preserva o governo na sua atuação; bolsa família e outros iguais é melhor do que educação de verdade, que aliás, anda de mal a pior a cada dia; sustentar ideologia marxista nas universidades e escolas em geral pelo país, também faz bem ao governo; e, esquecer que os aspectos religiosos, morais e políticos são pontos chaves e pilares na construção de uma verdadeira economia, também faz bem ao governo.

É esta a verdadeira economia de que nos falava Adam Smith “ o sistema capitalista cria um estado de “opulência geral”.

O sistema capitalista importa portanto, emprego e constante geração de riquezas. Reparem que no Brasil se somos avançados na industrialização, na teconologia, nas ciências e no comércio, isto não se deve ao esforço primeiro do governo, a nossa base são os nossos empreendedores, empresários, cientistas , técnicos e homens de comércio, que ao contrário do governo trabalham e incentivam o trabalho e geram riquezas, fazem o progresso e não vivem de ideologias comunistas e marxistas.

A ociosidade e o seu incentivo geram, como sempre, miséria, desânimo e pobreza. O trabalho e o seu incentivo geram outra coisa, se entendo bem.

Compartilhar
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por