Agora que o Carnaval passou, é hora de a gente se preparar para produzir em 2013. Com mais leveza, tolerância. Por isso, adianto algumas perguntas que deviam ser evitadas e respostas que não podemos repetir, sob pena de nos afastarmos dos – digamos – mais descuidados. Exemplos:
Quando te veem deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e te perguntam se você está dormindo:
- Não, tô treinando pra morrer!
Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta se ele está com defeito:
- Não é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.
Quando está chovendo e perguntam se você vai sair nessa chuva toda:
- Não, vou sair na próxima.
Quando você acaba de levantar, aí perguntam: acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!
Seu amigo liga para sua casa e pergunta onde você está:
- No Polo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!
Você acaba de sair do chuveiro e alguém pergunta se tomou banho:
- Não, mergulhei no vaso sanitário!
Você está na frente do elevador na garagem do seu prédio e perguntam se vai subir:
- Não, não, tô esperando meu apartamento descer pra me pegar.
O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê e ela, entre emocionada e surpresa, pergunta: flores?
- Não! São cenouras.
Você no banheiro, alguém bate à porta e pergunta se tem gente:
- Não! É o coco que está falando!
Você chega ao banco com um cheque e o caixa pergunta se é em dinheiro:
- Não, me dá tudo em clips!
Paciência, gente boa. Às vezes, a pergunta aparentemente idiota é só um pretexto para iniciar uma prosa. Ainda que seja dolorido... O humorista Geraldo Magela conta que sofre muito... Às vezes, está no canteiro central de uma rua e a dona quer saber se vai atravessar, ao que ele responde: “Não, eu moro aqui mesmo”. Ou quando, no passeio, ouve a voz firme de um homem forte perguntando: “Quer que eu te atravesse?” Ao que o Ceguinho prontamente responde: “Cê bobo, sô!”.
Eduardo Costa - escreve no jornal Hoje em Dia