Por Eduardo Costa
Nos últimos dias, vi algumas cenas que aumentaram a angústia por perceber como as pessoas estão violentas e impacientes. Sem dúvida, a mais forte foi a agressão de um homem com mais de 50 anos e que se dirigia a um tratamento da coluna quando esbarrou sua camionete em uma moto. O motoqueiro tirou o capacete, atravessou a rua, pegou um pedaço de pau e só não matou o desafeto porque outros cidadãos o dominaram. Aquele ser humano batendo com a madeira na cabeça do outro ser humano, já sem ação, me fez lembrar a barbárie cometida por bandidos travestidos de “galoucura”, numa noite de sábado, na avenida Nossa Senhora do Carmo.
Também foi muito triste saber que, no Sul de Minas, dois jovens tramaram a morte dos avós para ter mais dinheiro e drogas.
Do Paraná vieram os desdobramentos das investigações sobre o assassinato de uma menina. E, se foi de doer saber que a estupraram antes de matar, não menos chocante são os indícios de que a polícia pegou os jovens errados, os torturou e exigiu que confessassem.
Não bastasse, entre a prisão dos suspeitos e a denúncia de irregularidade policial, pacatos vizinhos da menina se arvoraram em justiceiros e incendiaram um parque de diversões no qual os rapazes trabalhavam.
Quanta estupidez! Nem a visita do papa – um exemplo de sacerdote – melhora o quadro. O Rio está ardendo em vandalismo enquanto Francisco não chega e o que mais me preocupa é o que disse um ministro ruim de serviço e bom de frases feitas: “Quem vai proteger o papa é o povo”.
Não é por nada não, mas, considerando a simpatia do sumo pontífice e esse seu hábito de dispensar protocolos, se aproximar das pessoas, ouso discordar do ministro e pedir a Deus que esteja o tempo todo com ele porque a nossa selvageria não tem hora nem lugar para mostrar suas garras.
