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Domingo,11 de Maio

Tempo de Natal - por Wilson Silveira Lopes

Jornal O Norte
Publicado em 24/12/2007 às 12:23.Atualizado em 15/11/2021 às 08:27.

Wilson Silveira Lopes *



Sem dúvida, tempo para reflexão profunda sobre a nossa vida, se é que ainda não estamos de todo perdidos.



Talvez alguém julgue que eu esteja exagerando, mas não, pois o que vejo mais das vezes nas conversas com os meus amigos é um entusiasmo esfuziante, revigorado até, poderia dizer, que retrata férias, passeios, festividades belas e regadas a bons vinhos e carnes, mas desprovidas de um sentimento natalino e cristão em que se possa homenagear na data do Natal o grande aniversariante: Jesus Cristo.



Andando pela cidade também se vê nestas noites que antecedem a data da cristandade de tudo, desde o comércio gerido pela mídia propagandista que oferece produtos possíveis ao bolso de todos, à desmedida corrida das pessoas na busca das compras natalinas.



Apesar dessa proximidade do Natal, cada vez mais não se vêem símbolos que lembrem a comemoração do nascimento de Jesus.



Nossas praças estão enfeitadas, mas não se vê em lugar algum nada que faça as pessoas pararem e refletirem um pouco sobre a sempre constante presença do filho de Deus em suas vidas, tudo parece apenas focar o interesse material e comercial das compras.



Noutros tempos, os presépios eram grandes símbolos desse luminoso nascimento de Jesus, podíamos vê-los em vários locais de nossa cidade, como assim também víamos mensagens dando uma dimensão cristã de fé cada vez mais próspera no sentimento de nosso povo. Como o professor Puggina também a gente anda por aqui e só vê trenós, constelações de estrelas e árvores recicladas, toneladas de algodão, multidões de papais-noéis, pilhas de caixas embrulhadas para presente.



Tenho que essa indiferença seja fruto das pregações materialistas do dia-a-dia, ditadas tantas e repetidas vezes de forma sorrateira, impregnando no espírito das pessoas, veladamente, o mal. São sutis palavras, ditas por predadores, que aos poucos vão destruindo os nossos mais nobres sentimentos, trazendo desalento e desencanto à vida de cada um.



Portanto, é preciso refletir de forma cristã se você é realmente de paz, e se a preserva sempre no seu espírito, pois podem estar querendo tirá-la de você.



Ensina o político e escritor Percival Puggina, nos alertando para a conservação daqueles valores que sempre regeram a nossa conduta na paz, na ordem, na justiça e na liberdade:



“Refiro-me à espécie dos que não gostam que invadam o que é seu nem o que é dos outros. Defendem a civilização, a instituição familiar e os valores da tradição judaico-cristã. Atribuem importância à disciplina e concedem especial deferência aos idosos. Julgam que as mulheres são credoras naturais da cortesia masculina. Desagradam-se ante a violência e seu uso como alternativa ao processo político e democrático. Têm ideais elevados, mas são contra as utopias, em nome de cuja inatingibilidade são cometidas as piores perversidades. Crêem que as necessárias mudanças sociais devem ser produzidas no contexto das instituições, preservando-se o que tem comprovado valor moral e utilidade prática.”



Ainda diz: “Sou conservador, sim, porque a história me ensina que é de tais conteúdos e condutas que provêm a paz, o progresso, a harmonia social e os princípios em que melhor se aciona a democracia. É neles que se inspiram os maiores estadistas da humanidade.”



Conservador e cristão que também sou, quero desejar a você leitor a mesma fé que Paulo desejou aos cristãos, quando disse: - Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados, abatidos, mas não destruídos;  Cap. 4, 8-9, II Carta aos Coríntios.



Feliz Natal!



* Advogado e servidor municipal perseguido

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