Nos quatro cantos da cidade, desde o mais frequentado reduto da classe média alta (ela ainda existe?) até os grotões, o assunto é um só: como é que se consegue tirar dos cofres de instituições públicas bilhões de dólares, sem que os principais responsáveis saibam? E qual os argumentos que são usados pelos os acusados para se livrarem da Justiça? Como estamos na reta final das disputadas eleitorais pelo Brasil a fora é preciso acreditar no que a presidente Dilma argumenta sobre o caso. Primeiramente é preciso lembrar que governadores, ex-governadores, senadores, deputados federais citados em matéria da revista VEJA vão disputar o pleito tranquilamente, como se nada tivesse acontecido. Mas vamos às pérolas de defesa da presidente: a presidente Dilma Rousseff afirmou que há exploração eleitoreira do escândalo de corrupção na Petrobras e disse que seus adversários “não podem esquecer seus telhados”. A declaração foi dada após a candidata à reeleição pelo PT falar sobre o caso e afirmar que não teve “qualquer desconfiança” em relação a “malfeitos” na Petrobras no tempo em que era ministra da Casa Civil. Na entrevista, Dilma indicou também que não há mais um esquema criminoso na empresa.
“Hoje há exploração eleitoreira. Os dois candidatos não podem esquecer seus telhados. Eu não vou ficar aqui falando do telhado de ninguém, mas eles devem olhar os seus telhados. O meu telhado tem a firme determinação da investigação, então ele é cobertinho pela Polícia Federal investigando, Ministério Público com autonomia, lei anticorrupção que aprovamos “— afirmou a presidente, ao ser questionada.
Dilma afirmou ainda que, no passado, havia a “cultura da impunidade” no país e citou também o afundamento de uma plataforma de petróleo no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo a presidente, naquela época, as denúncias eram engavetadas, e o que governo petista reforçou o sistema de investigação com a aprovação de leis e criação de estruturas de controle. Citou o acidente com a plataforma da Petrobras na Bacia de Campos e a negociação de ativos entre a Petrobras e a Repsol, no valor de US$ 1 bilhão, em 2001.
“Você acha que é tranquilo uma plataforma, que custa US$ 1,5 bilhão, afundar e ninguém investigar por que afundou? A plataforma é duas vezes Pasadena, afundou no governo do Fernando Henrique Cardoso e ninguém investigou. Ninguém fez uma CPI do afundamento da plataforma que custa tudo isso. Não é próprio das plataformas sair por aí afundando. A característica da plataforma é boiar. Houve outro caso, que foi objeto de ação popular e não foi investigado: a troca de ativos da Repsol. São dois exemplos em que não houve a mesma determinação governamental de investigar”.
O que deixa a todos nós pobres brasileiros estarrecidos é exatamente a capacidade que políticos que estão no Poder em Brasília têm de simplesmente, diante de fatos como estes, onde o roubo público é flagrado, em simples colocações contra opositores , se sentirem aliviados e “INOCENTES”. UMA COISA.
