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Terça-Feira,24 de Junho

Sorte e felicidade - por Clídio de Moura Lima

Jornal O Norte
Publicado em 09/03/2007 às 12:59.Atualizado em 15/11/2021 às 07:59.

Clídio de Moura Lima *



Todos nós desejamos só pra nós mesmos. Quando falamos para o amigo, apenas falamos. Sequer queremos desejar sorte e felicidade. Este binômio sorte e felicidade é a alavanca do mundo.  Nele se contém outro binômio: saúde e paz. E dinheiro, como é que fica?  Quem tem sorte, dinheiro tem. E me fez lembrar um episódio de um amigo que estava na Califórnia, Estados Unidos. Inglês ele não falava, balbuciava palavras isoladas, tentando uma frase. Era um fracasso na língua inglesa. Certa vez, lá em São Francisco, na Califórnia, ao sair dirigindo seu carro, deu uma ré e quase atropela uma criança acompanhada da avó que lhe bradou um “xingatório” na língua inglesa. Meu amigo tentava se desculpar falando “excuse-me! Excuse-me! Excuse-me!” A avó americana se irritava mais ainda; quando então meu amigo lembrou-se de que não era “excuse-me” e sim, “I am sorry”. Assim falou e complementou: I am sorry, dona. Daí é que teve a sorte de ir para os States, mas não teve felicidade.



Sorte é ter felicidade. E felicidade com muita saúde e paz é uma dádiva divina. Eu amo tanto aquela pessoa; sorte minha tê-la encontrado na minha vida, porém a felicidade me escapa; ela não me ama. Já tive tanto dinheiro com que me esbaldava; hoje, dinheiro eu não possuo; nem saudade dele, enjoei! A vida é assim, cheia de momentos. Mas tudo passa na vida e nem sempre a lembrança fica, de forma que o esquecimento é tão importante quanto a lembrança. Já pensou se tivéssemos sempre a lembrança de maus momentos? É importante esquecer. Não tenha dúvida, porque nada como a certeza para espancar todas as dúvidas.



A inveja é a maior pobreza, e pobreza de espírito. Tantos doutores, tantas cabeças inteligentes, dotadas de sabedoria e cultura, intelectuais e assim por diante, mas sem dinheiro, não têm fortuna. Por outro lado, existem outras pessoas, acéfalas, semi-analfabetas; entretanto tornam-se ricas, fazem fortunas. É um paradoxo da vida ou a vida que apronta peças verdadeiramente teatrais. Pobres ricos, deles inveja não tenho, nem inveja de ninguém! Estes ricos pobres de espírito, distantes da felicidade e mais longe ainda do amor, que lhes bastem o dinheiro, cheio de avareza.



Minha crônica não tem a filosofia como objetivo. Estou apenas refletindo alguns aspectos da vida. São estas reflexões sobre sorte, felicidade, paz, saúde e dinheiro que me faz aproximar do Pai Eterno, na certeza plena e absoluta de que a felicidade deve ser um estado constante de nossa vida. Feliz aquele que crê.



* Advogado e professor universitário

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