Dário Teixeira Cotrim
No silêncio da noite, um choro há de criança,
Que embala o meu sonhar, co’a escuridão lá fora.
E no berço imbalança e, a criança ri e chora.
Ela chora, ela ri, pois é breve a esperança.
Então o tempo passa, com ele esta lembrança.
Mas não passa esse instante, desde a cuna-de-flora,
O teu sono velar, co’a luz de nova aurora,
Que nesta escuridão, de amor no espaço lança.
É gostoso, portanto, sentir essa delícia,
Do seu riso gentil, o que anima a emoção.
Da canção do silêncio, sem medo e sem malícia.
Teu nome é alegria – a doce inspiração...
Por isso te chamam – sinhá-moça Letícia!
Uma linda menina, que tens n’alma o perdão!