José Aparecido Ferreira de Araújo
Professor
Começaria pedindo licença ao cronista de O NORTE, Adilson Cardoso, que relatou em sua crônica O presidente Lula no bar do Lula, na coluna Leitura sem censura, que por sinal, tem publicado textos muito atraentes aos olhos de leitores atentos ao grau de organização textual. Nessa crônica, observa-se a recordação de participação política de Ernane (Lula), ainda na ditadura militar, mesma época em que o presidente Luís Inácio Lula da Silva enfrentava sua peregrinação rumo ao Palácio do Planalto.
E ainda abordou o episódio da estudante de artes visuais, ao vir de longa distância a pé, por não ter vale-transporte e teve que alongar o seu trajeto, após intercepção de seguranças do presidente e de sua comitiva, não reconhecendo o seu estado e a reconduziu para um trajeto ainda mais extenso.
Vale ressaltar que este jornal previu também, nas manchetes editadas em 04/04/2009, uma expectativa geral de todo cidadão da região, a tão esperada visita do presidente. Dentre outros, um professor, que não me lembrei de seu nome, explanou sobre esse inusitado acontecimento, já citado que, após três anos, retorna a Montes Claros. Onde todos, inclusive ex-familiares dele, estavam ansiosos para receber o seu abraço fraterno.
Não deve ser por acaso que em 06 de abril, véspera do dia do jornalismo, do médico e da saúde. É que esse dia se tornou a data histórica de Montes Claros. Tendo de um lado a esperança de ver efetivadas as propostas pré-anunciadas, dentre outras a reforma da BR 135,a implantação da Universidade Federal, inauguração da fábrica de biodiesel etc, e outras medidas em pauta, que foram tratadas em reunião com governadores nordestinos e de Minas Gerais.
E do outro lado a lembrança de uma trajetória biográfica do atual presidente, que galgou passo a passo os degraus rumo ao poder, ou seja, o maior cargo brasileiro. Governar esta nação de 193 milhões de habitantes e densidade demográfica de 22 habitantes/km2 (média nacional).
Para isso, ele foi submetido a várias provas dramáticas, mas conseguiu ultrapassá-las de cabeça erguida e, na terceira tentativa, se elegeu a presidente da República em 2002 e se reelegeu em 2006, e se tornou o ilustre cidadão querido pelo povo que, por coincidência ou não, o seu sobrenome SILVA é o mais popular do Brasil. Há cerca de um milhão de SILVAS pelo Brasil. Foi até elogiado por lideranças internacionais. Lula foi alvo de alfinetadas de todos os pontos cardeais, em sua caminhada, desde operário metalúrgico, líder sindical, deputado e, por fim, presidente.
Sua vitória deu-se principalmente, ao meu ver, pela sua mensagem que, em síntese, seria: “Não cessarei minhas energias enquanto não ver todas as famílias tendo mesas fartas, onde todos possam almoçar, jantar e lanchar diariamente e possam ir aos restaurantes com a família no final de semana”. Não há dúvida de que foram cumpridas as promessas de campanha, contradizendo as más línguas, que não acreditaram na concretização do seu discurso.