Estamos praticamente às vésperas das eleições em todo o Brasil. É neste momento que os indecisos começam a tomar o caminho para definir em quem votar. Dilma sobe, Marina cai e Aécio Neves oscila. Esta colocação é a mais viável para clarear ao leitor e eleitor sobre o momento político da nação. O que mais impressiona é que a pesquisa Ibope divulgada na terça-feira é ruim para Aécio Neves (PSDB), porque indica que o candidato parou de crescer. Ele tem 19% de intenção de voto. Está dez pontos atrás de Marina Silva (PSB). A menos de duas semanas da eleição, será um milagre o tucano chegar ao segundo turno. O levantamento mostrou Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva empatadas na simulação de segundo turno. Na primeira fase da eleição, a presidente oscilou positivamente, de 36% para 38%, enquanto a ex-senadora passou de 30% para 29%. Os números são razoáveis para Marina, porque mostram que a candidata não perdeu pontos. Apesar do bombardeio que sofre do PT e do PSDB, a ex-senadora demonstra resistência. E a pesquisa é boa para Dilma porque indica que sua candidatura melhorou um pouco nas simulações de primeiro e segundo turno. Agora, Dilma e Marina estão rigorosamente empatadas em 41% a 41% na segunda etapa da eleição.
Mas, um fato novo pró Dilma surgiu na terça-feira: como todo candidato que disputa uma eleição tem que ter sorte também, isto ocorreu com Marina Silva diante da tragédia que vitimou o ex-governador Eduardo Campos, o que virou uma comoção nacional em torno de sua candidatura, a presidente nesta reta final de campanha encontrou um grande e imenso palanque ao participar da Cúpula do Clima da ONU, em Nova York. E isto bem na hora em que enfrenta a ambientalista Marina Silva na eleição presidencial, foi bom para a petista levar ao encontro números que mostram redução na pobreza nacional e no ritmo de desmatamento. Ela negou que tenha usado o espaço para fazer política, mas em seu discurso ela não deixou pra menos: “Eu falo que o Brasil reduziu a desigualdade, aumentou a renda, ampliou o emprego, em todos os discursos. Em todos eles. Porque isso é um valor aqui. É um valor que o mundo reconhece que nós fizemos isso. Nós, em 12 anos, tivemos uma redução que poucos países do mundo tiveram. Eu digo isso porque, como chefe de governo, eu tenho um imenso orgulho disso e acho que parte do respeito que o Brasil tem no plano internacional decorre do fato de a gente ter feito isso”, “Nenhum país, como nenhuma família, respeita aqueles que chefiam o país ou a família que não melhoram a vida dos seus. Então, ter melhorado a vida do Brasil, ou seja, ter saído do Mapa da Fome, ter diminuído a pobreza em um mundo que desemprega centenas de milhões de pessoas. Nós criamos emprego, então, este é um valor, acho que é um valor pro Brasil e é um valor pra ser afirmado internacionalmente”, disse a presidente. Se isto não for discurso político, então deixa prá lá. Mais uma questão: afirmam os cientistas políticos que os números não mentem. Então as eleições já estão decididas??? Vamos esperar.
