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Domingo,9 de Novembro

Sapatada na rechonchuda: Transmissões ao vivo versus transmissões em estúdio - por Nairlan Clayton Barbosa

Jornal O Norte
Publicado em 21/08/2008 às 09:55.Atualizado em 15/11/2021 às 07:41.

Nairlan Clayton Barbosa


www.sapatada.blogspot.com



Chegou a hora de exorcizar de uma vez por todas essa polêmica que alardeia os bares e botecos da cidade, pontos de encontro da boa prosa do Futebol sobre a questão das transmissões esportivas feitas no estúdio, aquelas que chamamos “via tubo” e as transmissões feitas ao vivo direto dos estádios de onde se originam as partidas.



Já não é novidade nos meios da imprensa nacional e internacional que as grandes emissoras de Rádio e Televisão utilizam-se das imagens para fazer suas transmissões. A TV Globo, por exemplo, desde 1990 usa dessa forma de trabalho enviando parte de sua equipe para os locais onde os eventos olímpicos ou futebolísticos acontecem, e a outra parte faz a cobertura dos jogos em seus estúdios, no caso em discussão, os estúdios do Rio de Janeiro que tem um aparato maior para receber os funcionários.



Neste ano já temos uma evidência fantástica disso, onde apenas parte da equipe esportiva nacional está em Pequim, como por exemplo o narrador Galvão Bueno, o comentarista Tande, o repórter Tadeu Schimidt e outros, estes em número muito maior. Se encontram nos estúdios da Globo os narradores Luiz Roberto Denuccio, Cléber Machado e o mineiro Rogério Corrêa, que diga-se de passagem, tem galgado cada vez mais seu lugar dentro do espaço da Globo do Rio, pois com uma freqüência sempre é solicitado para fazer as narrações quando um dos três narradores principais não o podem. Além do que chamaríamos de quinto narrador, um tal de Rob Porto, a qual não me cabe tecer nenhum comentário, pois também sou narrador e aí é meter o pau no colega. A ética neste caso fala mais alto! “Achômetros” à parte, chegamos a conclusão que, transmitir um jogo do estúdio não é nenhum pecado, e nem desacredita a narrativa, uma vez que os ouvintes ou espectadores querem mesmo é acompanhar o fato.



Aqui em Montes Claros, alguns colegas têm criticado as transmissões em estúdio feitas pelas emissoras de rádio. Suavemente preocupados em sermos profissionais credibilizados. Mas não existem motivos para alarde.



Ora, se as grandes emissoras de rádio e de TV, para reduzir seus custos, enviam apenas repórteres para o local do evento se restringindo a fazer o restante da transmissão pelo estúdio, por que as rádios de interior não poderiam fazer o mesmo?



Não vejo nada demais! A informação está sendo retransmitida da mesma maneira, com a mesma credibilidade que se fosse ao vivo, ficando a cargo do repórter presente no evento passar o clima do jogo. É verdade, são mais frias as transmissões “via tubo”, mas nada que um burburinho de torcida não resolva, e, convenhamos, é difícil o ouvinte perceber a diferença, não é verdade? Aposto que até mesmo você, leitor, já foi surpreendido com uma transmissão “via tubo” achando que era ao vivo, não é verdade?



Sendo assim, não querendo nem ter a palavra final, e nem dar esta idéia, acredito que, num mundo onde os custos de viagem estão cada dia mais elevados e onde temos a tecnologia como ferramenta de trabalho, não devemos nos surpreender se profissionais sérios e competentes utilizam deste expediente para facilitar o seu trabalho, e ao mesmo tempo, conseguir levar até o ouvinte aquilo que ele mais quer: o grito de gol. E tenho dito.



DUNGA E A SELEÇÃO OLÍMPICA



“No tengo nada que hablar”!

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