Sapatada na rechonchuda: Era uma vez o Broca e o amador - por Nairlan Clayton Barbosa

Jornal O Norte
Publicado em 14/08/2008 às 10:25.Atualizado em 15/11/2021 às 07:41.

ERA UMA VEZ O BROCA E O AMADOR...



No nosso blog, que leva o mesmo nome da coluna na internet, recebemos ontem um comentário alusivo às fotos que publicamos do campo do Ateneu sofrendo transformações ou pelo menos ficando limpo, sem o mato que outrora reinava em sua estrutura. Isto após a posse da nova diretoria no dia 19 de julho passado. No comentário, o internauta Luciano expressa seu sentimento em relação aos acontecimentos naquele estádio e naquela instituição desde o último mês. Publico aqui o comentário do internauta, na íntegra:



Parabéns, Nairlan, por estar acompanhando a reforma do campo do Ateneu. Meu nome é Luciano. Vendo essas fotos passou um filme em minha cabeça, pois em 1995 joguei no time do Ateneu júnior, com o professor Valtinho. Era muito bom, pois o que prevalecia era a amizade de todos os jogadores daquele grupo. Nesse campo tivemos sonhos, alegrias, tristezas e o melhor disso tudo: amizade, que até hoje ainda é cultivada em peladinhas e campeonatos. Aqui na cidade é triste ver o Broca assim, mas vendo essas fotos acreditamos que algo está sendo feito para ressurgir o time e sabendo que vocês da equipe mil da rádio Expressão estão fiscalizando isso e apoiando. Ficamos satisfeitos, parabéns mais uma vez. Abraços. Meu email: luciano.pavisan@terra.com.br



Este comentário do Luciano, a quem agradeço o prestígio da visita ao blog, me levou a uma reflexão profunda sobre a necessidade que a imprensa tem de valorizar o bom desempenho daqueles que lutam para manter acesa a chama viva da história, no caso em voga, a própria existência do nosso querido Broca.



Muito se falou do caos do estádio João Rebelo, e ele era latente, gritante. Mas noto que pouco se falou das modificações sofridas no palco ilustre da arena do Bairro São José.



Pois penso que, neste momento de mudanças e transformações, é hora da imprensa montes-clarense se unir e, sem muito oba oba, mas com seriedade e muita sinceridade, relatar à população que o campo do Ateneu não jaz mais no esquecimento. Está limpo, o que é um grande feito, dada a dimensão da feiúra em que se encontrava. Olhando as fotos postadas no blog, ouso concordar com o internauta, que a saudade bate à porta e remonta aos grandes dias do Glorioso do São José.



Mas, depois dos tratores, pelo menos não se pode mais afirmar que o João Rebelo seja mais guarita de animais, ou o capim puro, como escreveram alguns de nossos colegas, talvez por pura indignação.



Mas, ao mesmo tempo em que externamos felicidades com a melhor aparência do João Rebelo, queremos também tecer a observação de que estamos de olho. Estamos de olho no futuro e nos próximos acontecimentos. Não se faz nada da noite para o dia, convenhamos, mas alguma coisa se faz. Os profissionais da imprensa futebolística de Montes Claros e os torcedores do futebol montes-clarense aguardam que, no seu devido tempo, e que este não esteja longe, o João Rebelo possa voltar a ser o palco imortal daquele que, em tempos áureos, levou o nome do nosso querido Arraial das Formigas para além destas terras de Figueira, como diria um grande jornalista da cidade.





CAMPEONATO AMADOR



Quero aproveitar o espaço aqui, hoje, para falar sobre outro assunto de grande interesse para os que gostam de futebol. Trata-se do campeonato amador deste ano, cheio de novidades e de expectativas para os espectadores.



Quando da última entrevista no programa Placar eletrônico – Na trave, ancorado por nós na rádio Expressão FM, transmitido aos sábados às 10 da manhã, o presidente da LMF, Diu Andrade, demonstrou muita confiança na organização do campeonato, mas demonstrou também uma preocupação pertinente ao que diz respeito aos estádios disponíveis para a realização do certame.



Segundo Diu Andrade, ele perdeu três estádios em função de obras municipais ou impossibilidade de realização mesmo, só podendo contar com o campo da Lafarge, que nem sabe se será disponibilizado; com o campo do Magalhães no Delfino; com o próprio estádio da Liga; além do campo do Cassimiro, que será utilizado também por outras equipes para a realização do campeonato. É bom lembrar que só no campeonato amador teremos a presença de 17 clubes, além do campeonato master com seus clubes.



Isso é preocupante, porque ficamos com uma interrogação ecoando, gritando, latejando em nossa cabeça: Por que o poder público municipal, na verdade, as administrações anteriores não zelaram pela existência de um verdadeiro estádio em nossa cidade?



A história da nossa querida Montes Claros reza que o saudoso prefeito Toninho Rebello, dentro de sua administração, projetou a construção de um tal Moção, que até agora não passou de muita terra e muito ferro. Éramos crianças quando esse projeto foi apresentado à população. Ele seria um grande estádio para os times da nossa cidade se projetarem e, conseqüentemente, projetarem o nome de nossa terra além desses montes claros. Onde está o Mocão? Ele existirá? Rezemos, irmãos, rezemos...



Porém, o aqui e o agora me trazem a preocupação de que um campeonato bem organizado, como será o amador deste ano, esbarre na inexistência de campos de futebol para serem utilizados justamente numa cidade que respira futebol.



Oremos, irmãos, oremos...

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