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Sexta-Feira,18 de Outubro

Quem puder, que combata a violência! - por Gilson Nunes

Jornal O Norte
11/05/2007 às 00:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:04

Gilson Nunes *

É claro, evidente, notório e sistematicamente visível que cresce dia-a-dia o índice de criminalidade no Brasil. Até parece que quanto mais se prende um criminoso considerado de altíssima periculosidade, fato este no qual se torna motivo de projeção nacional de políticos, a violência diminui. Que piada engraçada! Só para se ter uma idéia, eu já ouvi pessoas disserem, por exemplo, que a prisão de Fernandinho Beira Mar, Nandinho, Elias Maluco, Marcola, dentre outros, só fez piorar a criminalidade, principalmente nos grandes centros. Segundo conversas de “rádio corredor”, quando esses elementos estavam soltos, comandando seus “territórios”, ou seja, suas, bocas-de-fumo, também controlavam o comportamento de outros bandidos menos expressivos.

As informações dão conta de que tudo o que eles menos queriam era despertar a atenção da polícia ou da sociedade. Não é difícil deduzir que a pressão em cima desses bandidos aumenta na proporção em que os assassinatos são mostrados pelos principais meios de comunicação: são vítimas “gente de bem, país de famílias, crianças inocentes, mulheres”.

Por outro prisma, observa-se também, que esses crimes tornaram-se facilitados a partir do momento em que ele, o bandido, é sabedor de que sua vítima não possui uma arma de fogo.

Esse fato, porém, é perceptível desde a campanha do desarmamento em 2005 e 2006 e, também, por conta da rigorosidade da lei quanto à aquisição de uma arma de fogo por parte da sociedade ordeira. Adquirir uma arma de fogo no Brasil tornou-se tão difícil quanto a seleção brasileira de futebol consiga vencer a seleção da França em Copa do mundo.

As perguntas mais inquietas que desejam respostas são: Como é que o povo vai se defender? Como vai proteger sua família? Quem vai estufar o peito e pronunciar publicamente e, convincentemente, que o povo desarmado de nada está contribuindo para diminuir a criminalidade?

Creio que está na hora das autoridades fazerem um balanço de certas decisões impensadas e rever seus conceitos a respeito desse assunto. Afinal, ao que tudo indica, a própria polícia não está sabendo onde agir, como agir e por onde agir: quando o crime não acontece nos ônibus circulares dos municípios de todo o país, ocorre nos bancos, nas escolas, nos postos de gasolina, no comércio em geral, nas estradas, nas favelas, nas ruas etc.... O que eu quero dizer, na verdade, é que eles, os bandidos, vão estar sempre aonde a polícia não estiver.

Em hipótese alguma estou fazendo apologia em favor da violência ou da “bandidagem”. Pelo contrário, estou querendo alertar às autoridades que é preciso começar a preocupar com a segurança da sociedade. Para tanto, é necessário, em primeiro lugar, dar segurança para a polícia: qualificá-la, estruturá-la, organizá-la, equipá-la.

Penso que está na hora de toda a sociedade cobrar uma atitude mais enérgica por parte das autoridades, no sentido de que tornem as leis mias eficazes e “duras” para os bandidos, e que permita ao “cidadão de bem” se auto-proteger. Por conta disso, por favor, ajude-nos, quem puder.

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