Repercutiu a notícia de que o governo do estado de Minas Gerais e a prefeitura de Belo Horizonte apresentaram ontem, dia 9 de julho, projetos de mobilidade urbana, no valor de R$ 7,3 bilhões de contrapartida do governo federal
Este fato, na verdade corriqueiro, tem uma faceta didática para alguns em Montes Claros, que se posicionam e continuam debatendo contra a intenção da Prefeitura de contratar junto a Caixa Econômica Federal financiamento de R$ 167 milhões para investimentos no trânsito de Montes Claros.
Minas Gerais pleiteia verba superior a R$ 4,4 bilhões para a construção de nova linha subterrânea; o projeto Transporte sobre Trilhos Metropolitanos (Trem); e a extensão do BRTs (um sistema de transporte em corredores especiais com ônibus articulados). Já o prefeito de Belo Horizonte solicita empréstimo de R$ 2,9 bilhões para investir em melhoria no metrô, nos Trens e no BRTs, além da desapropriação de imóveis e investimentos em infraestrutura para a construção de corredores exclusivos.
Tudo dentro da crescente e inadiável necessidade de assegurar mobilidade aos cidadãos de forma confortável, segura, rápida e a custo compatível.
O que se pretende para Montes Claros permitirá o asfaltamento de 734 ruas, todas catalogadas, inclusive com fotografias, e constante de projeto aprovado pelo PAC 2, focado exatamente na mobilidade urbana.
Além disso os recursos pleiteados permitirão a pavimentação de três grande avenidas sanitárias, já construídas pela Copasa, em administrações passadas, mas que, por falta de pavimentação estão sendo tomadas pelo mato ou utilizadas como lixões por populares.
Isso sem contar, ainda, com a via expressão Oeste, que ligará a estrada que vem de Pirapora à estrada que sai para Januária, margeando a serra do Ibituruna. Só para se ilustrar a estupidez dos argumento de alguns dos que se posicionam contra a questão: alegam que a Via Oeste vai valorizar terrenos de muita gente naquela região. Óbvio que vai. Mas quem hoje concordaria em não ter a avenida Deputado Esteves Rogrigues só porque ela, quando construída, valorizou imóveis de tantas pessoas? Para os desavisados é exatamente isso o que o progresso faz: valoriza, abre novas fronteiras, estimula a atividade produtiva e a geração de empregos e renda no município.
A comparação se faz necessária por deixar claro que não há progresso sem investimentos, e que os Estados e municípios têm que fazer compromisso para promoverem progresso aos seus habitantes.
Montes Claros está próxima do colapso completo no trânsito. Onde há asfalto as operações tapa-buracos não dão conta de acabar com o problema. Onde não há pavimentação o povo sofre com poeira ou lama. O custo do transporte coletivo se torna mais caro em função da necessidade de manutenção da frota de coletivos com a troca de componentes com mais frequência em razão do desgaste em pisos inadequados.
A falta de corredores de transito rápido é outro componente para agravar a situação atual. A solução é uma só: obras e mais obras voltadas para a mobilidade urbana. O prefeito Ruy Muniz é arrojado, visionário e acima de tudo homem de resultados práticos.
Toda essa necessidade de investimento e pressa na buscar soluções esbarra no receio característico de pessoas com horizontes estreitos e interesses menores, que se intimidam diante do progresso, que, antes de lhes parecer necessário, bom e desejável, lhes parece intimidador, confuso e não desejável. A essas se misturam outras pessoas, com objetivos escusos, maldosos e inconfessáveis. O resultado é um grave prejuízo para Montes Claros.
Dá próxima vez que o leitor estiver andando de lotação, lembre-se disso. Se estiver de moto ou de carro, embaraçado na confusão do nosso trânsito, lembre-se dos que são contra o progresso.
Montes Claros não pode parar. E não vai parar. Com ordem sim, mas também com pressa pois o tempo não espera.
Como ensinava Geraldo Vandré: quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
É com esses que Montes Claros conta e confia.