Psicologia: Terapia que vem da natureza - por Leila Silveira Miranda

Jornal O Norte
29/05/2007 às 09:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:05

Leila Silveira Miranda *

A terapia floral começou em 1930, com o doutor Richard Bach - seguidor de Samuel Hannemann, o pai da homeopatia - que renunciou sua clinica lucrativa na Harley Street para dedicar os últimos seis anos de sua vida à busca de um método de tratamento mais simples e natural. Conversando com seus pacientes , o dr.Bach percebeu que havia uma emoção por trás de cada queixa apresentada e por estar consciente das energias sutis, em especial nas plantas e flores, foi para os campos da Inglaterra e pesquisou o primeiro floral -IMPATIES- que por sinal usou em si mesmo, para auxiliá-lo a lidar com sua impaciência. Dr. Bach descobriu 38 remédios cada um para um estado mental ou emocional específico como medo, indecisão, desinteresse, excessiva preocupação, desespero, solidão e ainda uma combinação de 5 florais para situações difíceis, que exigem demais da pessoa, os quais ele chamou de Rescue (socorro em inglês).

Os  florais de Bach são feitos de flores de arbustos e árvores silvestres, com exceção de Rock Water que é feito com água natural pura, de fonte com propriedades curativas.

A Terapia Floral é um desdobramento da medicina vibracional que considera não apenas o corpo físico, mas também os corpos energéticos sutis associados ao corpo físico. Tem a capacidade de reorganizar emoções que possam desencadear doenças. Aqui o ser humano é visto de forma integral em seus aspectos físico, mental, emocional e espiritual todos interligados e interdependentes funcionando como um sistema onde os desajustes ou desequilíbrios de um dos aspectos, atingirá os demais. A “doença” nada mais é do que uma manifestação “física” do nosso desequilíbrio ou do nosso afastamento com a nossa conexão da perfeição divina. Nosso organismo foi criado com perfeição, onde todos os nossos órgãos e todas as nossas células têm uma função específica e, ao mesmo tempo, todos trabalham juntos, sem competitividade, para que, individualmente cada minúscula partícula possa executar a sua tarefa com perfeição. Existe a cooperação inata em cada pedacinho do nosso ser, todos precisam de todos para que o funcionamento do organismo humano seja perfeito. Nosso corpo, ao ficar doente, está tentando nos fazer enxergar algo para o qual não estamos dando a atenção.

O medo,  tristeza, stress, obesidade e muitos outros males, manifestam-se em cada ser como conseqüência de um desequilíbrio de diferentes emoções, sendo assim, o desequilíbrio da raiva pode manifestar depressão em um ser e pânico em outro, mas estas doenças acima citadas têm uma característica comum: a questão da baixa auto-estima, que acarreta profundas mudanças em nossos processos orgânicos, muitos deles inclusive relacionados à baixa de imunidade.

Todo processo de cura é uma afirmação de nossa totalidade. Nesse ponto de vista, o sistema dos remédios florais de Bach pode ser descrito como  “a cura pela restauração da harmonia da percepção”.

Hoje a terapia floral  é uma técnica difundida e estudada em quase todo o mundo . Existem vários centros de pesquisa em diversos paises, que já estão produzindo seus próprios florais, como por exemplo Austrália, Califórnia, Holanda, Arizona e do Brasil e mais especificadamente de Minas Gerais.

Oferecem remédios para: flexibilidade, criatividade, auto-estima, perdão; renovar paixão e interesse nos relacionamentos; sexualidade; dificuldade de aprendizagem, vocação duvidosa; Comunicação , etc.

Os florais trabalham as polaridades. Portanto, não importa se o problema é de falta ou excesso de uma característica. Seu papel é harmonizar a pessoa.

O floral não tem uma atuação química. Contém água, conservante e traços de flores, que cria condições, para que a própria pessoa possa se confrontar com sua dificuldade e se responsabilizar pelo processo de cura. Eles podem ser usados por via oral, aspergidos no ar, friccionados sobre a pele, pingados na água do banho.  A experiência não acarreta nenhum tipo de prejuízo para a saúde, isto é, não oferece riscos de efeitos colaterais nem acumulativos. Entretanto pode acontecer, em alguns casos, uma resposta denominada “agravação” semelhante à agravação conhecida na homeopatia, quando os sintomas se intensificam temporariamente, para depois melhorar. Por isso as pessoas devem evitar a automedicação. Não há contra indicação, mas também não é tão inócuo que possa ser usado a esmo. E deve sempre ser acompanhado de uma revisão da estrutura pessoal e de acompanhamento psicológico.

A pessoa não necessita estar doente fisicamente para se beneficiar dos florais. Nos períodos de dificuldades e fadiga, quando o negativismo pode se instalar os florais são fundamentais, restaurando o equilíbrio e melhorar nossa auto-estima.

* Psicóloga, professora do Isemoc/ Funorte


leilasilveira@bol.com.br

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