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Sábado,28 de Dezembro

Psicologia: Relacionamento - por Leila Silveira Miranda

Jornal O Norte
Publicado em 26/07/2007 às 17:53.Atualizado em 15/11/2021 às 08:10.

Leila Silveira Miranda *



Hoje escrevo atendendo a leitora L.C. que me escreve assim:



- Caisei-me apaixonada. Hoje vivo um relacionamento que caiu na monotonia. Você acha que tem jeito de manter a intimidade ou o caminho é a separação?



Prezada leitora, você não foi tão clara, mas tentarei escrever sobre os temas citados acima. Obrigada pela sua participação!



As pessoas hoje já se sentem livres e desimpedidos para, caso queiram, terminar um relacionamento duradouro, sem causar nenhum trauma, ou escândalo social.



Terminar uma relação ficou na realidade mais fácil do que mantê-la nestes tempos modernos de liberdade de expressão e de escolhas.



O X da questão é sentir, perceber, descobrir o momento exato que devemos tomar esta decisão, o clique, o estalo, que nos faz acordar de um sono inquieto, desconfortável, ao qual ficamos acostumados e acomodados durante meses ou anos...



Parece simples, mas não é fácil...Por inércia, comodismo e rotina, tendemos sempre a preservar nossos relacionamentos adiando decisões, arrumando desculpas, para justificar o status-quo.



Por outro lado existe o modismo, o escapismo, a futilidade, a falta de garra e compromisso para levar adiante um projeto a dois, de tentar construir uma família, de crescer, prosperar, educar os filhos e envelhecer juntos e felizes.



Hoje em dia há um certo exagero e despreparo para assumir a união e qualquer dificuldade pode ser motivo para a separação.



Penso que antes de uma separação é importante refletir sobre a diferença entre a paixão e o amor.



Quando estamos experimentando a paixão parece que algo, mais forte que nossa própria vontade nos domina totalmente. Como tudo que é exagerado, vai-se embora rapidamente da mesma forma que apareceu...



Quando, no entanto, experimentamos o amor, é uma ação consciente, é real e permanente. Mas como amar é um verbo precisamos continuamente praticá-lo.



A manutenção desta intimidade deve ser, um esforço diário, dedicado e perseverante. Só assim conseguiremos continuar a desfrutar de momentos divinos e gozar desta sensação maravilhosa no nosso dia-a-dia.



A medida exata de um bom e saudável relacionamento é:



Ser leve como a brisa...



Suave como um perfume ...



Terno como um afago...  



Posso afirmar com certeza que a separação não ocorre assim de uma hora para outra. Ela começa dá sinais...Precisamos, no entanto, estar atentos e perceber estes avisos e se necessário buscar ajuda profissional. A monotonia que você diz sentir pode ser o sinal amarelo. Se este relacionamento é significativo para você, vá a luta antes que o vermelho te atropele.



O primeiro passo é abrir francamente o dialogo, colocar as cartas da mesa e estar preparada para ouvir as queixas do parceiro.



A partir daí formule uma estratégia comum que vai desde uma viagem de férias, um final de semana sozinhos e a vontade de continuar juntos.



É preciso relembrar os bons momentos e entender que relacionar é um aprendizado constante e que um obstáculo não significa o fim da relação, mas um alerta para ser retomado num patamar mais elevado, frente ás novas necessidades do casal.



Boa sorte!



* Psicóloga, professora do Isemoc/ Funorte


leilasilveira@bol.com.br

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