Leila Silveira Miranda *

Às vezes, especialmente quando perplexos ficamos  diante de um sentimento de impotência, dor e fragilidade diante de uma tragédia anunciada como esta que se abateu sobre o País, com a explosão do jato da TAM, no aeroporto de Congonhas, matando mais de 200 pessoas, somos então tomados por divagações, reflexões e questionamentos sobre a natureza, comportamento e ações humanas.

Em torno deste, como de qualquer outro grande acidente aéreo deste porte, afloram histórias de trajetória e desfecho totalmente diferentes, nos fazendo acreditar em verdadeiras manobra do destino.

São histórias de pessoas que deveriam, mas por algum motivo não embarcaram no fatídico vôo 3054 da TAM. São seres humanos que não previam, mas por algum motivo acabaram embarcando para a sua última viagem...São famílias que se separaram por ter alguns membros tomado o vôo fatal e outros irem em outro vôo por falta de assento...

O fato é que queiram os mais céticos ou não parece existir alguma força estranha, algo meio inexplicável e até transcendental que atraia ou não, que proteja ou não, para que algo seja feito ou não ...

Coincidências, dirão os mais racionais e avessos a qualquer tipo de superstição ou espiritualidade. Falo em espiritualidade e superstição  porque no Brasil as duas andam sempre misturadas, desde a colonização escravocrata.

O fato é que para a maioria fica sempre uma pergunta no ar: por que? Por que este vôo? Por que fulano ou sicrano? Por que? Por que?...  

Independente das conclusões técnicas que por certo tentarão explicar o desastre, jamais obteremos respostas para estas especulações adivinhatórias para estas suposições do imponderável.

Muita gente, a maioria mesmo, em um momento trágico como este pára-prá-pensar!.   

É preciso muitas vezes que seja necessária ocorrer uma tragédia, um desastre na nossa vida para que percebamos o trajeto suicida que insistimos em percorrer ininterruptamente.

PARAR É PRECISO!

Precisamos parar e refletir sobre nossa vida, nosso país, nossa cidade, nossos amores, nossa educação, nossa alimentação, nossos pensamentos, nossas emoções...

Só parando, vamos desligar a TV, o relógio, a rotina, só parando vamos poder descobrir o que é realmente importante para o nosso coração.

Aproveite, portanto ter sido expulso da sua posição-de-conforto, e faça um balanço... Abra a agenda, libere a mente, recupere sonhos, reavalie suas renuncias, seu comportamento, a forma como se trata a as demais pessoas, suas ambições, objetivos, amigos, interesses, hábitos, crença e espiritualidade...!

Não perca tempo!


                           Comece já!


                                                        Boa sorte!

* Psicóloga, professora do Isemoc/ Funorte


leilasilveira@bol.com.br